Um dia fazia muito frio. Encapotada com agasalhos, bota e cachecol, passava na ponte de pedestres, em caminho ao ponto de ônibus na Avenida Rebouças. Só Deus sabe como faz frio em São Paulo e no meio das movimentas avenidas e estradas - Aquele frio cortante.
A estátua estava ali, parecia congelada pelo vento, da cor do gelo. Essas pessoas que buscam dinheiro através de suas performances de pedra angelical, mendigando uma esmola pela boa atuação, às vezes, me parecem loucas. Mas fico encantada de ver seus movimentos leves, de como elas realmente parecem ser anjos dos cabelos de neve, de como conseguem agir com tremenda delicadeza nas mãos diante do frio. Embelezam a cidade ao mesmo tempo que a degradam - esta pessoa poderia estar em um bom emprego, e por outro lado, é uma artista cheia de graça que decidiu não ficar inutilmente em casa.
As estátuas humanas estão espalhadas por aí, somente no centro da cidade são milhares. Mas até então, ali em frente ao shopping Eldorado não tinha visto nenhuma. Estava com dó daquela pessoa por ter que trabalhar no frio. Até que, em dado momento, um homem vinha caminhando por ali tomando um cafézinho, que estava tão quente que se via até a fumaça. Na certa ele sentia frio, se encontrava apenas de calça e blusa.
Então ele olhou para a estátua - vai ver pensou a mesma coisa que eu - e lhe estendeu o pequenino copo de café com as duas mãos, como se fosse uma criança pedindo bençãos dos céus. E se não fossem seres completamente estranhos para mim, diria que o olhar deles entregariam uma doce paixão. A estátua humana, até então séria, abriu um sorriso de leve, juntou as mãos para agradecer o gesto e se abaixou até a altura do homem que continuava com o café estendido em sua direção. Se entreolharam "apaixonadamente" e de bom grado a estátua tomava o primeiro gole de café quente. Talvez estivesse de estômago vazio.
Enquanto outras pessoas passavam ali sem dar a mínima atenção ao "anjo", aquele homem parou. O único na verdade. Notava-se que fazia com satisfação, que oferecia o café para aquecer aquele que certamente estaria com frio. Quanto custa um cafezinho? Num copo daquele, mais do que 4 reais não era. O homem, tão humilde de coração, passava por ali como todo mundo e talvez aquele quentinho saboroso que ele comprara estaria almejando a muito tempo. Quem nunca pensou : "Nossa, estou com vontade de tomar um café delicioso, ou até mesmo um chocolate quente"?. A questão é, quantos de nós daríamos o que pensamos ser nosso para um desconhecido qualquer?
As asas da estátua de anjo não eram grandes o suficiente para chamar a atenção? Todos caminhavam apressadamente para fugir do frio, nem sequer notavam a presença delicada daquele homem com a estátua. Esta cena foi uma visão de apenas 5 segundos, foi tão rápida, relâmpago...e mesmo assim me fez refletir. Ainda há salvação na humanidade. Um coração bondoso, generoso e amigo, sempre irá aparecer. Um estranho pode estender a mão à você. Em um gesto tão simples, aquele homem e aquela estátua conquistaram a minha afeição, o suficiente para enriquecer o blog com sua história de companheirismo e compaixão. É caros leitores internautas, uma única ação pode modificar o caminho a ser percorrido por todos nós.
A estátua estava ali, parecia congelada pelo vento, da cor do gelo. Essas pessoas que buscam dinheiro através de suas performances de pedra angelical, mendigando uma esmola pela boa atuação, às vezes, me parecem loucas. Mas fico encantada de ver seus movimentos leves, de como elas realmente parecem ser anjos dos cabelos de neve, de como conseguem agir com tremenda delicadeza nas mãos diante do frio. Embelezam a cidade ao mesmo tempo que a degradam - esta pessoa poderia estar em um bom emprego, e por outro lado, é uma artista cheia de graça que decidiu não ficar inutilmente em casa.
As estátuas humanas estão espalhadas por aí, somente no centro da cidade são milhares. Mas até então, ali em frente ao shopping Eldorado não tinha visto nenhuma. Estava com dó daquela pessoa por ter que trabalhar no frio. Até que, em dado momento, um homem vinha caminhando por ali tomando um cafézinho, que estava tão quente que se via até a fumaça. Na certa ele sentia frio, se encontrava apenas de calça e blusa.
Então ele olhou para a estátua - vai ver pensou a mesma coisa que eu - e lhe estendeu o pequenino copo de café com as duas mãos, como se fosse uma criança pedindo bençãos dos céus. E se não fossem seres completamente estranhos para mim, diria que o olhar deles entregariam uma doce paixão. A estátua humana, até então séria, abriu um sorriso de leve, juntou as mãos para agradecer o gesto e se abaixou até a altura do homem que continuava com o café estendido em sua direção. Se entreolharam "apaixonadamente" e de bom grado a estátua tomava o primeiro gole de café quente. Talvez estivesse de estômago vazio.
Enquanto outras pessoas passavam ali sem dar a mínima atenção ao "anjo", aquele homem parou. O único na verdade. Notava-se que fazia com satisfação, que oferecia o café para aquecer aquele que certamente estaria com frio. Quanto custa um cafezinho? Num copo daquele, mais do que 4 reais não era. O homem, tão humilde de coração, passava por ali como todo mundo e talvez aquele quentinho saboroso que ele comprara estaria almejando a muito tempo. Quem nunca pensou : "Nossa, estou com vontade de tomar um café delicioso, ou até mesmo um chocolate quente"?. A questão é, quantos de nós daríamos o que pensamos ser nosso para um desconhecido qualquer?
As asas da estátua de anjo não eram grandes o suficiente para chamar a atenção? Todos caminhavam apressadamente para fugir do frio, nem sequer notavam a presença delicada daquele homem com a estátua. Esta cena foi uma visão de apenas 5 segundos, foi tão rápida, relâmpago...e mesmo assim me fez refletir. Ainda há salvação na humanidade. Um coração bondoso, generoso e amigo, sempre irá aparecer. Um estranho pode estender a mão à você. Em um gesto tão simples, aquele homem e aquela estátua conquistaram a minha afeição, o suficiente para enriquecer o blog com sua história de companheirismo e compaixão. É caros leitores internautas, uma única ação pode modificar o caminho a ser percorrido por todos nós.
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