Ler é...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013


Cheiro de tinta e papel. O som de uma folha virando. Palavras, palavras e palavras. É disso que eu gosto e não há passatempo melhor do que percorrer 500, 600 (ou até mais) páginas de um livro. Na minha opinião, não existem livros ruins ou inúteis, pois acredito que dentro de cada um pelo menos uma pessoa no mundo pode encontrar o que lhe seja bom. Ler é um hobby e uma deficiência de 95% dos brasileiros.
A leitura me dá asas, mas engana-se quem pensar que é apenas na imaginação. Talvez eu nunca tenha dito a alguém como é bom sonhar com as letras. Ler é meu refúgio e meu maior presente. Ele tem o poder de me dar alegrias, tristezas, emoções e sentimentos. Ler é ser sensações.
Ele é o momento de reflexão. Ali, entre as páginas e meu olhar, sou apenas eu e minha mente. Ela não vive em um mundo ilusório, de fantasias, mas suas histórias me criam e me mostram como eu gostaria de ser. Nelas sou o capitão de um navio, o guerreiro forte da batalha, a moça insegura, o melhor amigo do herói. 
Porém, não é de hoje que os contos e narrativas vem ganhando os traços complexos que caracterizam a humanidade. Não existem mais mocinhos e vilões, mas sim qualidades e defeitos, atitudes certas e erradas, que fazem amar ou odiar tal personagem. É essa complexidade de pensamentos que nos identificam com cada um deles e que nos transportam para um mundo onde não podemos ser julgados. Assim como temos dor de cabeça e tomamos um remédio, a leitura me leva dos problemas do dia a dia. 
A leitura me forma e diz quem sou ao mesmo tempo que me mostra o que mais eu poderia ser. A leitura dita meus princípios, não me deixa sozinha, nem perdida. Há sempre o começo, o meio e fim. Mas o fim nunca é realmente o fim, é apenas o ponto final. E que como ponto denota que a vida continua, mas que tudo acaba bem. 


Um novo mundo para a terceira idade

sábado, 9 de fevereiro de 2013


Como a terceira idade tem buscado e progredido com as redes sociais

Idosos se distraem e se divertem na internet


O seu avô ou a sua avó, ou um parente com mais de 50, 55 anos de idade, tem Facebook? Pois é. Definitivamente as redes sociais não são mais um mistério para os idosos. Eles já aprenderam a desvendar esse mundo ainda que de forma mais lenta, mas nem por isso menos interessante do que os jovens. Há algum tempo, entender o “virtual” era uma coisa complicada para quem não poderia nem ter um telefone em casa quando criança. O 'inesgotável' número de opções de contatos que eles conheciam era o do dia a dia, os vizinhos, os amigos, a escola. E foi essa fome de resgatar as antigas amizades e dos parentes distantes que levaram os ‘velhinhos’ a mergulharem nas redes sociais.

Segundo Javier Olivan, vice-presidente de crescimento do Facebook, aqui no Brasil há 61 milhões de usuários conectados, dos quais 30 milhões aderiram a rede somente no último ano. Desse número, 26% tem mais de 55 anos de acordo com as pesquisas mais recentes. Praticar atividades físicas, boa alimentação, cuidar da saúde do corpo são as recomendações médicas fundamentais na terceira idade. Mas exercitar o cérebro, estimular encontros e reencontros com pessoas queridas tem feito com que muitos deles aprendam a usar um computador. Um mundo novo para gente mais velha.

Até mesmo as empresas já perceberam esse nicho de pessoas e tem investido pesado para conquistá-lo como clientes. As agências de viagens e academias são um exemplo. Com o aumento no número de idosos que viajam em grupo e fazem atividade física, elas têm conseguido fazer um bom trabalho nas mídias sociais divulgando e produzindo conteúdo focado nas necessidades e interesses da terceira idade.

Vovôs e vovós provaram que as mídias sociais não são apenas para jovens, sem importância, que perdem horas na frente de uma tela. Eles viram nelas uma ferramenta de informação, diversão e integração, que tem proporcionado uma enorme mudança no comportamento entre as duas gerações, que acabam falando “a mesma língua”. Além disso, esse uso constante tem ajudado os idosos em outros quesitos como depressão e solidão. 

Fazer e manter amizades e os desafios encontrados, como as atualizações constantes desses sites, exercitam o cérebro para que estejam sempre sintonizados com o mundo virtual. Alexandre Fortini, médico geriatra, diz que as mídias sociais beneficiam a saúde mental e criam um suporte durante as suas perdas.  “A terceira idade é um período onde você perde amigos e familiares. Ter amigos ajuda a encarar e aceitar melhor essas perdas.", afirma.

Licinia Vaz Fernandes, 59 anos, se diverte no Facebook e no Orkut. “Como sempre fui de manter amizades, tenho com quem conversar. Poder ligar para um amigo ou entrar no MSN para bater-papo é muito bom, principalmente quando temos alguns problemas e precisamos de ajuda sem envolver a família em tudo. Eu também aconselho muito meus amigos, ajudo mesmo", contou.
E que sejam todos bem vindos.