Antes de postar a matéria - a mais recente que escrevi - meu namorado deu um toque legal em mim, mais uma vez expressando sua opinião importantíssima na construção deste blog. É que esqueço de citar que a maioria das matérias postadas aqui (de minha autoria, claro), são publicadas no site O Estado RJ. A partir de hoje, todas as matérias escritas e publicadas por ele vão ter, logo em baixo, os créditos ao veículo e o link da postagem. Obrigada!
Festival de Linguagem Eletrônica une arte, tecnologia e interatividade
Objetivo é de incentivar o desenvolvimento de projetos criativos e inovadores
Por Alessandra Sabbag
A cidade de São Paulo recebe até o fim do mês de agosto o 11º Festival de Linguagem Eletrônica (FILE). Considerado o maior evento do gênero da América Latina, a exposição une arte e tecnologia em novas mídias que variam de games e cinema até realidade virtual, arte interativa e sonora. A edição deste ano terá duas novidades: o prêmio internacional File Prix Lux e o File PAI, um projeto de arte espalhado pela Avenida Paulista que conta com diversas obras interativas.
O prédio do Centro Cultural Espaço FIESP, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, reúne as principais atrações. O público é levado a um local onde poderá tocar, sentir, assoprar e jogar – a graça da tecnologia aqui está em fazer o que geralmente é proibido nas obras de arte comuns. No Light Calligraphy, por exemplo, a máquina que possui um circuito integrado e faz o movimento da caligrafia chinesa, desenha na parede uma luz com pigmentação de absorção. O espectador coloca sua mão no ponto de luz e ela detém sua sombra na parede.
Para entrar na sala do From Dust Till Dawn, é necessário que a pessoa coloque uma proteção nos pés, para que não suje o tênis ou sapato com o pó de magnésio do chão. Com o movimento de “andar” os fonógrafos tocam discos de vinis, instalados no local, e que são capazes de converter e reproduzir o som da poeira, fazendo uma partitura musical.
“As obras são legais e interessantes, e os jogos são bem interativos. O que eu mais gostei foi o jogo que capta as ondas cerebrais”, conta o estudante Caio Nunes, 24, que acabava de sair do BioBodyGame. Neste jogo, o participante veste um colete com luzes que transmite os sinais neurofisiológicos da pessoa. Conforme o nervosismo de quem está jogando, o computador interpreta essas emoções e reage a elas, alterando a dificuldade do jogo, as cores do colete e aplicando vibrações nas costas.
Jogo usa emoção do jogador
Mas em meio a isso tudo, o ZEE é a mais misteriosa obra. São sessões que ocorrem de meia em meia hora e com apenas oito pessoas por vez. O público é convidado a entrar em uma sala fechada com um gás artificial que impede a sua visão. Segurando em uma corda junto a um monitor, os participantes param e assistem a milhares de luzes disparadas como flash, viajando em imagens produzidas pela própria mente.
No entanto a atração não é recomendada para todos os públicos. Pessoas que sofrem de asma, hipertensão, epilepsia e claustrofobia não devem entrar no ZEE, e todos devem assinar um termo de responsabilidade. “É uma sensação de desorientação, o coração fica batendo forte”, afirma Marina Rossi, formada em artes visuais e que trabalha como arte educadora em exposições.
O evento, apesar de divertido e interessante, não ganhou a devida atenção dos paulistas que passam pela principal avenida da cidade. Outro ponto negativo está na complexidade de algumas atrações, que exigem a presença de um instrutor ou monitor para auxiliar o público. Entretanto, para aqueles que buscam novidades em tecnologia, o FILE é uma boa opção de lazer. O Festival tem entrada gratuita e será realizado até o dia 29 de agosto no Centro Cultural FIESP, localizado na Avenida Paulista, 1313, saída do metrô Trianon-MASP. As atrações estão disponíveis de terça a sábado das 10h às 20h, às segundas de 11h às 20h, e aos domingos de 10h às 19h.
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