Manifestos: Hipocrisia, violência e contradição

sexta-feira, 14 de junho de 2013


O ser humano é um animal. Nunca foi tão evidente quanto os dias atuais. Independendo se o cidadão que está ali  é petista ou tucano, o que defende e quais suas ideologias, ninguém pode dizer que "gosta" do que está vendo. 
É perfeitamente compreensível o motivo pelo qual tais pessoas saem às ruas para reclamar. É mesmo para se ficar indignado, pois a passagem do ônibus aumenta, aumenta, aumenta e o transporte público é cada vez pior. Porém, os manifestantes decidiram agir da forma mais incorreta possível: depredando o patrimônio público e tirando o direito e ir e vir do restante da população. Neste ponto não há como discordar de Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, são "baderneiros" de plantão. 
A humanidade insistiu tanto pelos manifestos, cobrou-se tanto que o povo fosse às ruas lutar pelos seus direitos, que após o exemplo do Egito e demais países lá fora, virou "modinha". Todos se acham no dever de estender cartazes, gritar, fechar o trânsito e enfrentar, se necessário, a Polícia. É engraçado que esses cidadãos estão sempre disponíveis às 17h de um dia da semana e sempre com a intenção de atrapalhar o percurso dos outros habitantes do local. Em outras palavras, é o povo atacando o próprio povo. 
Impedir que o trabalhador, após um dia inteiro de árduo suor que dá para conquistar seu espaço no mundo, chegue em seu lar e desfrute do máximo de conforto que pode ter. Destruir objetos públicos de uma das maiores e principais avenidas da cidade (e depois reclamam que não tem lata de lixo). Fechar um acordo com os policiais e não cumprir. Que tipo de manifesto é este, que alia-se ao vandalismo, infringe leis e direitos de uma população e que ocupa o tempo de forças de segurança - que deveriam estar caçando bandidos, traficantes, etc - por causa de 0,20 centavos? 
É ainda mais engraçado quando analisado de forma geral: o preço da gasolina subiu, o preço dos alimentos disparou, os escândalos de corrupção dos governos movimentaram milhões de reais e esse "manifestante" se manteve calado, escondido. Por qual motivo eles não caminham até Brasília, até o Palácio do Governo, até o Haddad e os demais e fazem lá o absurdo que cometem aqui?
Aliás, existe um ponto mais interessante e profundo, mas que acredito muitos estarem com vergonha de pensar nisso: estes homens que estão no poder foram eleitos pela maioria! Você votou neles! Agora não adianta chorar pelo leite derramado, pois quatro longos anos vêm aí.  Ninguém gosta de pagar mais caro por algo que não funciona e nem crê que a Polícia estará ao seu lado para tanto, mas quebrar tudo não resolve absolutamente nada. Um fotógrafo já ficou cego (é necessário acompanhar as notícias), pessoas feridas (talvez até mais do que podemos saber), firmas e escritórios fecharam mais cedo por ameaças de protestos (sim, aconteceu comigo hoje), trânsito duplamente piorado... 
Aonde está o direito à vida se o cidadão busca, inconscientemente, a sua morte? O ser humano é um animal...que não pensa mais. 

Crítica: Se Beber, Não Case - Parte 3

sábado, 1 de junho de 2013

Divulgação


O primeiro filme foi um achado. O segundo ganhou força devido ao primeiro e muitas críticas. O terceiro acabou de vez. É assim que encerra a trilogia em Se Beber, Não Case - Parte 3. Totalmente irreal, superficial e recheado com o que a maioria das pessoas adoram: idiotices sem fim. Duas horas de filme se resumem em uma expressão simples, "sem graça". 
O longa começa com um resgate do primeiro, quando Alan é convencido por seus amigos e família que precisa se internar para melhorar seu comportamento. Na viagem, o grupo é surpreendido por vilões que estão atrás de Chow e sobra - de novo - para Doug ser sequestrado. Uma boa parte do público ainda conseguia dar risada dos acontecimentos, é verdade, mas é massante e muito cansativo. 
Não é de agora que comédia vem sendo confundida com "babaquices" e "mesmices", misturados horrivelmente com músicas e coisas nojentas. Infelizmente hoje isso é o engraçado dos filmes e com este não é nada diferente. O que dá a impressão é que o roteiro foi adaptado para relembrar as aventuras do primeiro longa, mas que para não ficar repetitivo houve uma tentativa de mesclar mais violência, ação e sexo (um pouco menos), com um conceito de "vamos fazer a coisa certa". 
Não funcionou. Zach Galifianakis (Alan) foi o pior em todas as cenas, Justin Bartha (Doug) mais uma vez foi o coadjuvante, Bradley Cooper (Phil) é o único motivo para uma garota assistir ao filme e Ed Helms (Stu) entrou na fase de caras e bocas exageradas. Fraco. Nos faz lamentar de como o humor se tornou o ridículo.