O Casamento: Resultado

segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Depois que você teve a paciência de ler tuuudoooo do primeiro post sobre os preparativos do casamento e dicas para fazer o seu, é hora de conferir o resultado! 

Convites 






Chegaram em perfeito estado, sem amassos, sem sujeiras, sem defeitos. O papel deste convite é um pouco mais maleável do que o tradicional, mas isso não tira nenhum pouco da sua beleza e qualidade. O atendimento da Lembrarte foi muito prestativo e rápido e não tive nenhum problema com eles. Os outros modelos são tão lindos quanto! É de apaixonar!

Lembrarte
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Doces e Decoração


Lembrancinhas: Mini pão de mel

Mesa principal com decoração e bolo falso

Mesinha com álbum de fotos do nosso ensaio fotográfico e páginas em branco para os convidados deixarem recados aos noivos!




Essa mesa com as lembrancinhas ficou linda






As pilastras estavam decoradas com uma planta chamada Hera, as mesas dos convidados com essas velas na água, flores de diversos tipos e tamanhos na mesa principal e abaixo da mesa, com folhas secas que davam um ar mais campestre na decoração. As fotos do ensaio fotográfico foram aproveitadas em um álbum onde os convidados podiam deixar recados. Entre os doces, deliciosos brigadeiros gourmet, tradicional, beijinho, brigadeiro de paçoca e a lembrancinha que era mini pão de mel (uma delícia)! Tudo isso feito pela Doces Bis.

Doces Bis
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Vestido de "noiva"





Vestido sofisticado como de uma princesa - Mas esqueci de tirar fotos das costas dele. A título de curiosidade, era em formato V, aberto até a cintura. É, não sou uma noiva nada tradicional. O bolo falso foi improvisado de última hora, pois ocorreu um acidente com o outro que iria enfeitar a mesa (rsrsrs...sempre tem alguma coisa). E lógico que, com uma chocólatra como eu, tanto o bolo falso quanto o verdadeiro só podiam ser de...chocolate! O verdadeiro era de brigadeiro cremoso, hummmmmm!

Infelizmente não temos fotos de um prato feito pelo Buffet para ilustrar (ninguém lembra disso na hora não é mesmo? rs), mas segue o contato

Buffet Vem Que É Festa
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Lindo, lindo, lindo! Tudo foi lindo! A decoração, o vestido, o ambiente, o buffet, os docinhos, o clima, meu marido...tudo estava maravilhoso! Indico todos os fornecedores que participaram e fizeram desse meu dia algo ainda mais especial. À todos que contribuíram direta e indiretamente, aos convidados que foram, aos que nos ajudaram em várias coisas! E claro, aos nossos amados pais <3 font="">

Não gastei nem 5 mil reais para tudo isso. E lembre-se que quando você fazer a sua festa, ela é sua, você que manda, inclusive no clima do ambiente. Fique feliz seja como for o seu casamento - com festa, sem festa, um churrasquinho, um almoço, um jantar - pois afinal o que importa é com quem você está casando. Aquele que te acompanhará por todo o resto da sua vida. Seja feliz!!!!


O Casamento: Quem tem casa quer casar!

Divulgação

2015 realmente tem se mostrado um ano cheio de surpresas, isto é, pelo menos para mim. Em junho, depois de quatro anos morando com meu namorado e meus pais, finalmente alugamos um ap - um cantinho só para nós dois. E bem, dizem por aí que "quem casa, quer casa", mas no meu caso foi ao contrário: quem tem casa também quer casar.
Sem uma festa propriamente dita, fizemos uma espécie de lista de casamento e contamos com a contribuição de todos os nossos amigos e familiares. No início ele foi contra, pois achou chato pedir presentes sem ter a comemoração. Tenho um conselho para quem pensa dessa forma: esqueça isso. Nenhum de nós chega a lugar sozinho e em algum momento precisamos da ajuda dos demais. Você pode fazer a sua comemoração depois e de várias formas.

Se você também quer casar, se juntar e comemorar sem gastar muito (como eu), vou deixar todos os contatos dos responsáveis por tornar a minha humilde festa de casamento (e vai ter fotos!) em um dia maravilhoso. Então, vamos lá?

Pré-casamento
A comemoração seria como uma festa de aniversário, algo mais comum e simples. Pelo menos foi o que imaginei no início. Mas não se sabe de onde, nem como, nem porquê ou de quem, veio a ideia do "Casamento da Alessandra" - Alguém chamou assim e as coisas aumentaram (rsrs). O primeiro passo é pensar o que você dispõe para gastar e o mais importante: não se afundar em dívidas. Fiz tudo pensando em não deixar nada para pagar depois e se você puder pagar tudo à vista, melhor ainda. Tão importante quanto isso é sempre ter em mente que você pode ficar apertada, mas jamais sem dinheiro. Por isso, não basta sonhar com aquela super produção, mas pense no que você tem e em como pode usá-lo.

Convites, espaço, decoração
Os convites muitas vezes pegam as pessoas de surpresa. Você pode gastar até 600 reais em um punhado de convites, mas pense bem. Será que vale a pena investir demais nesse pedacinho de papel? Ou seria melhor investir mais na decoração, nos doces, no buffet? Pois é, a resposta é um tanto óbvia. No meu caso, encontrei a Lembrarte (http://www.lembrarteconvites.com.br/) no site Elo7, com um convite bonito, simples como deveria ser a festa e um preço muito bom. Podíamos personalizar como queríamos, então logo alterei a cor (que foi roxa), os noivinhos (deixando-os menos formais, pois não haveria cerimônia na festa) e lógico, os dizeres. Foram cerca de 30 convites para os 55 convidados que chamamos e gastamos apenas 80 reais! Tudo foi feito online e os convites chegaram em perfeito estado, devidamente embalados e protegidos na caixa de correio, sem amassos ou sujeiras. 
Quanto ao que foi escrito, só tenho um conselho: seja diferente! Com uma festa mais simples que não terá cerimônia no local, deixe menos formal e procure brincar um pouco com a situação. No meu caso, pensei em fazer como a contracapa de um livro onde temos geralmente duas aspas de críticos de jornais e uma sinopse. Logo, inventei duas aspas dos jornais The New York Times e Folha de S. Paulo sobre a nossa história de amor e uma sinopse com um resuminho, como se nós dois fossemos os personagens. 

Divulgação

Quando se pensa no aluguel do espaço da festa até o coração bate mais forte - e o bolso! Existem locais lindos e maravilhosos em igrejas, campo ou sítios e é possível encontrar bons preços com eles também. Mas, o meu "casamento" era simples, como uma grande festa e por isso não havia necessidade desse luxo. Gastei 100 reais com o aluguel do espaço do salão de festas do próprio condomínio,  o que era perfeito pois assim os convidados também poderiam conhecer o nosso apartamento. Pense bem antes de alugar um super espaço e veja se a sua comemoração será compatível com ele ou se você está abusando.

No caso da decoração vale o mesmo conceito e não é porque a sua festa será simples que a decoração tenha que ser pífia. Primeiro é preciso analisar o espaço e tudo que ele possui para depois você começar a pensar em como ele poderia ficar enfeitado. Não é todo mundo que pode contar com o auxílio de uma organizadora e claro, eu também não poderia. Mas foi em um bate-papo com a professora de pilates que surgiu essa oportunidade. Ela, Julia Gandara, disse que gostava desse tipo de coisa e se ofereceu para me ajudar com tudo por um preço acessível. E já me trouxe na aula seguinte todas as ideias, com direito a revistas inspiradoras, de tudo que poderia ser feito.
Ela conheceu o espaço do salão de festas do meu condomínio e foi ali que fechamos os detalhes. Lógico que pesquisamos muitos sites na internet e imagens de referência para ter mais ideias e o bom é que a Julia havia casado há pouco tempo, ou seja, estava com tudo fresquinho na cabeça (rsrsrs). Ela também já tinha uma amiga que nos enviou pedaços de bolos e doces para provarmos e escolhermos o que iria ser servido, inclusive as lembrancinhas (que me perdoem fãs do bem-casado, mas esse doce é horrível e por isso foi o maravilhoso mini pão de mel!). Essa parceria funcionou e elas fizeram até uma página no Facebook para divulgarem os trabalhos e ganharem uma renda extra: https://www.facebook.com/Doces-Bis-739098752855909/?fref=ts 

Você pode ter a mesma sorte que eu e encontrar alguém que tope ser a sua organizadora, faça tudo que você precise e te cobre um preço bem "camarada" ou ainda melhor, aquela sua best friend que te ama muito e te ajude de graça. Sempre conte com os seus amigos para tudo! 

O temido Buffet
Uma das maiores preocupações em um casamento é o buffet, pois a maioria deles é cara e as comidas são bem sem graça. Em toda festa desse tipo há uma reclamação do que foi servido. O primeiro passo é pensar no que você quer que esteja disponível aos convidados e ficar de olhos muito bem abertos no cardápio.
A Julia, assim como me ajudou a encontrar os convites, correu atrás de diversos buffets. A data do casamento estava bem em cima e ainda não havíamos fechado um. A prioridade era bom serviço e baixo custo, claro. No final das contas, depois de tantos contatos com um e outro, com preços parecidos, selecionamos dois para fazer a prova. O primeiro tive que ir até São Caetano para experimentar e não me arrependi. A massa era fresca, bem recheada, gostosa e um molho de tomate mais bem feito que tudo! O outro buffet enviou para a minha casa e foi uma experiência terrível, pois o molho estava muito ácido (até um tantinho azedo). Por isso, sem dúvidas optamos pelo buffet "Vem que é Festa" (http://www.vemqueefesta.com.br/) , que nos cobrou mais ou menos 2.300 reais com direito a: três tipos de coquetéis de entrada, as entradas com diversos patês e pãezinhos, mil e uma saladas com molhos diversos, três machas recheadas (pessoal, provem a de frango!!!), três massas simples e uma massa gratinada - ou seja, 7 tipos de massas diferentes -, sorvete de creme com cobertura de chocolate e alguns litros de cerveja. Claro, se você optar por ficar sem o sorvete, a cerveja ou alguma outra coisa, o preço abaixa mais ainda. Viu como vale a pena economizar no convite? rsrsrs...

Vestido e Dia da Noiva

Divulgação

Você pensou no Dia da Noiva para o seu casamento? Se sim, garanto que também é melhor deixar isso de lado. Vale uma ida ao salão, fazer as unhas, as sobrancelhas e um corte de cabelo. Pronto, mais nada. Sabe aquela maquiagem perfeita? Sua amiga que se maqueia super bem toda vez que vai a uma festa pode te ajudar. No meu caso, foi minha prima (obrigada Gaby!) que teve a paciência de vir dias antes fazer alguns testes e de no dia, tadinha, ficar mais atrasada que a noiva (kkkkkkk). 
Agora, se você sonha em se casar de branco, pode se preparar para desembolsar um pouco mais de dinheiro. Mas, novamente aconselho, pense muito bem. Dependendo da sua festa, um vestido de noiva propriamente dito não ficará nada bom. E às vezes, se você remexer no seu guarda-roupa pode encontrar algo que uma boa costureira dá um toque especial. Foi mais ou menos assim que decidi fazer o meu. Minha mãe encontrou uma renda que foi dada de presente por uma tia muito amada e querida minha que já faleceu há cinco anos e colocou ela em cima da minha cortina, um tecido lilás. A combinação ficou tão perfeita (e eu nunca fui fã de branco) que estava decidido. Novamente a Julia entrou em ação e indicou uma costureira muito boa, que aproveitou a renda e encontrou um tecido da mesma cor da minha cortina. Enquanto minha mãe deu seus toques de estilista na parte da frente, eu decidi como queria as costas e no final, desembolsei 230 reais por ele. O que valeu muito a pena... 

Cartório e Alianças
Obviamente que seria ótimo você oficializar tudo de uma vez, mas nem sempre isso é possível. No meu caso fiz questão que fosse e comparecemos ao cartório 2 meses antes para marcar a data e 15 dias antes na JK Alianças para comprar o parzinho dourado. Apenas no cartório você deverá gastar 400 reais, mas pelo menos onde eu fui, eles foram atenciosos e muito caprichosos. Poderia dizer que o casamento no cartório é tão emocionante e bonito quanto qualquer outra cerimônia de igreja - Tivemos direito a plantinhas, tapete vermelho na entrada, discurso de cerimonialista e troca de alianças no local. Se te oferecerem as fotos resista, pois eles abaixam o preço até pela metade!

Agora, no próximo post, você vai poder conferir o resultado de tudo isso com as imagens! Clique e veja!


Game of Thrones: o maior sucesso ou o maior fiasco?

sábado, 20 de junho de 2015
(Atenção, este post tem spoilers!)

Jon, Arya, Tyrion, Bran e Daenerys

Game of Thrones. Você pode não assistir, mas com certeza já ouviu falar. Pode não gostar, mas já ouviu comentários. Pode achar que tudo não passa de moda, mas não pára de ver a imprensa falar dela. Uma coisa é verdade, Game of Thrones é A Série.
No último domingo, a 5ª temporada terminou de forma avassaladora para os despreparados e como já estava cansada de ler tantas críticas e análises sem conhecimento algum dos livros (sim, nós percebemos!), vamos fazer um apanhado geral. 
Game of Thrones criou barreiras enormes e dividiu o seu próprio público em três partes: os leigos que não leram os livros, os leitores comuns e os leitores fanáticos que acham que sabem tudo que está nas entrelinhas. E as brigas e discussões entre esses grupos chega a ser de uma ferocidade digna de dar pena! Enquanto os leigos sofrem por qualquer coisa que aconteça, os leitores se digladiam nas redes sociais com suas mil e tantas teorias. Tudo isso porque o bom velhinho (notem a ironia), George R.R. Martin, é muito lento para escrever o 6º volume e a TV chegou nele muito rápido - tanto que não tinha mais o que fazer a não ser cada um seguir o seu rumo.
A partir daí surgiu a famosa frase "os livros são os livros, a série é a série" e o público se dividiu novamente entre os criticam os roteiristas e diretores e os que os defendem. Os episódios passaram então a dar os maiores spoilers do que não se sabe nos livros - o primeiro deles sobre os Caminhantes Brancos transformando um bebê e mais tarde com novas aparições, quando no mundo literário não se sabe praticamente nada sobre eles ou ainda como são criados e derrotados. A TV optou por esquecer núcleos (Os Greyjoy que o digam), dizimar outros (Baratheon, bye bye), fazer com que peças chaves se tornem apenas mesquinharias (Dorne...Dorne), inverter as histórias dos personagens (os que morrem, vivem nos livros; ou os que não fazem nada tem um grande papel na TV). Fato é que rodaram, bailaram, sambaram e foram todos para o mesmo lugar: o final de "Dança dos Dragões".
Todos já estão acostumados com os choques de Game Of Thrones, mas esta temporada foi ainda pior. A internet ficou louca com as mortes e abusos desnecessários e realmente foram desnecessários. Às vezes costumo parar e pensar em certas cenas e digo "Pra quê isso? O que isso vai mudar afinal? O que custa?".
Sansa Stark nunca se casou com Ramsay Bolton. Meu Deus, onde foi parar a falsa Arya que foi designada como sua esposa? Onde está o povo do Norte que jurou lealdade à eles e se juntaram com Stanis Baratheon para tomar o reino de volta? E ninguém sabe o que ocorreu nessa batalha ainda. Mas a série já deu seu veredicto: ele perdeu e parece que morreu - pelas mãos de Brienne! Brienne que ficou lá esse tempo todo esperando ascender uma vela na janela e no final não estava mais lá! 
Tyrion Lannister e joguinho de conversas com Daenerys Targaryen seria até bem interessante, algo que os leitores esperavam por muito tempo (e que nunca aconteceu nos livros), mas certamente não dessa forma. Ou você acredita que quando eles se encontrarem nos livros a situação será assim tão simples de ser resolvida? "Os livros são os livros, a série é a série". Claro, estou sendo bem superficial. Se fosse entrar nos mínimos detalhes estaria por aqui na próxima semana inteira ainda escrevendo.
Bran ficou esquecido (sua história já tinha dado tudo o que podia na temporada anterior), mas foi pouco explorado para explicar sobre o "warg". Seria essa a intenção da HBO? Todo o mistério que não foi feito com os Caminhantes Brancos, é feito com o fato dos Starks poderem trocar de corpo - ser um warg. E nisso se resume todas as teorias de Westeros, a esperança que leitores e espetadores procuram manter para uma teoria final, perfeita e feliz, Mas lembrem-se, estamos falando de Game of Thrones. 
Portanto, todos esses choques, mortes, conversas fiadas deixaram esta como a pior temporada da série até aqui. Completamente estagnada, os roteiristas não sabiam mais o que fazer. Tinham que enrolar muito para não contar as cenas principais logo de início e por isso tivemos muito papo e pouca ação. Mas lembrem-se, estamos falando de Game Of Thrones. 
Eis que do nada, o amado bastardo Jon Snow decide buscar os Selvagens para salvá-los de um terrível desastre e testemunhamos a batalha épica! Uma cena que não acontece nos livros e criada totalmente para a TV, minutos de muita adrenalina, o espanto, aquele bom de ser sentido, que fazem você levantar do sofá e gritar, torcer! A melhor batalha já produzida, de deixar qualquer fãzinho de The Walking Dead no chinelo pensando que está assistindo a algo realmente bom. São por essas cenas inesquecíveis que vale a pena assistir Game of Thornes. Simplesmente fantástico! A mídia babou, os leitores babaram, os leigos babaram e nós finalmente fomos UM. E Jon escapou ileso. Lindo! Só que nem tanto.
No final, o último minuto da última temporada, uma traição dolorosa de ser vista... E se nos livros há alguma esperança, a série também deixou...E se nos livros há muitas perguntas, a série também deixou. A intenção foi essa, fazer com que todos, igualmente, ficassem na dúvida. Na literatura, Jon desaba, escuta Fantasma (o seu lobo) uivar e pronuncia seu nome, o que levantou a possibilidade dele ser um warg e não ter morrido de fato. No episódio, ele simplesmente cai e não diz nada (aliás, alguém aí viu os Lobos???). Assustador? As reações foram exageradas. Muitos lembraram que a "feiticeira" Melissandre voltou a Castelo Negro, do qual ela nunca saiu na história original, e pode ressuscitá-lo. O ator afirmou que morreu de verdade e não voltará mais na série. Mas também já saiu por aí a notícia de que ele renovou contrato até a 7ª temporada. 
O que não ouvi ninguém falar (e se alguém falou, diga por aqui também), foi algo que reparei após alguns minutos do término desse episódio: os olhos de Jon mudam de cor, de castanho escuro para algo mais claro, como um verde ou azul. Seria essa a pista?

Se o personagem morreu, assim como supostamente também ocorreu com Stanis, foi a maior burrada da história da HBO. Assim como foi a maior parte do que eles fizeram nesta temporada. Muitos criticaram os fãs que queriam a sequência similar a dos livros, mas a verdade é que nunca vimos algo se provar tão verdadeiro quanto sabemos agora, de como a literatura é infinitamente superior a meras imagens e de como elas não conseguem seguir o próprio caminho sozinhas. Então apenas peço, HBO pense duas vezes antes de escrever a próxima temporada antes do lançamento de "Os Ventos do Inverno" e Martin, termine isso logo, por favor!


E você, o que achou? Jon Snow realmente se foi para sempre? Seja qual for a sua opinião, tenho um conselho para te dar...

"Os livros são os livros. A série é a série."





Crítica: Quem é você, Alasca?

domingo, 7 de junho de 2015


É deprimente pensar que autores famosos conseguem sucesso com algo tão pobre quanto John Green conseguiu com Quem é você, Alasca?. Você se lembra daqueles filmes americanos tipicamente adolescentes, do estilo American Pie? Nisto se resume a história desse livro. Um garoto normal que se envolve com amigos malucos, uma garota maluca, fumam, aprontam sua travessuras como um bando de crianças que estão sem a vigilância dos pais.
Afinal, isto me faz pensar em como ser detalhista pode ser tão irritante ou o quanto a psicologia moderna pode beirar a loucura e a insanidade, o que revela uma informação interessante sobre o autor: a de que ele não sabia o que estava fazendo, ou melhor, escrevendo. O pior de tudo isso? É tentar entender o motivo pelo qual ele entra na lista dos mais vendidos - Na verdade há uma resposta e se chama "A Culpa é das Estrelas".
Quando temos disponíveis nas prateleiras outros tantos livros incríveis, muitas pessoas gostam e aprovam a psicologia barata da adolescência americana e caem na, vamos dizer assim, "modinha" do momento. Desde quando será que os autores passaram a falar tanto dos detalhes? Existem tantas descrições em Quem é você, Alasca? que as páginas ficam carregadas de informações inúteis para a história, coisas que não levam a lugar nenhum e não dizem nada sobre os personagens. É de dar sono.
Chegamos nas partes que geralmente os bons leitores sabem apreciar, a arte de desenvolver a complexidade dos personagens no texto. Sim, pois isso é uma arte e um ingrediente essencial que pode tanto ser um sucesso quanto um grande fiasco. Se não colocado na dose certa, tudo vai por água abaixo. Infelizmente é preciso dizer que John Green necessita de aulas sobre este assunto. Certamente que descrever sobre "as últimas frases" ditas antes de morrer, uma linda paisagem vista pela janela, seguir sempre o colega ou se apaixonar pela garota mais óbvia do mundo, está longe - muuuuuitooooooo longe - de falar ao leitor sobre a mentalidade daquele ser humano imperfeito que acompanhamos página após página.
Ele precisava aprender um pouco com Patrick Rothfuss sobre isso; com George R. R. Martin sobre detalhes; com Kaled Hosseini sobre cultura; com J.R.R Tolkien sobre ritmo; e para não dizer que fui tão longe assim de seu universo, com J.K Rowling sobre aventura adolescente. Sei que o autor é quase um "queridinho da turma", mas se você acha ele bom, precisa se aventurar em fantasias e romances de verdade. 

Crítica: O Nome do Vento (A Crônica do Matador do Rei)

domingo, 17 de maio de 2015


Com uma narrativa simples, um enredo místico, personagens complexos e cenários exóticos, Patrick Rothfuss misturou em um caldeirão todos os ingredientes que eu sempre acreditei que as histórias de fantasia e aventura deveriam ter: realidade e magia. O título por si só já me agradaria, pois afinal O Nome do Vento é uma junção de coisas inexistentes, magia, romance e mistério, unidos em um personagem que se acha tão comum quanto o leitor que o lê.
Alguns capítulos são narrados pelo protagonista e outros por um terceiro ou quarto personagem que acompanha a história de vida dele e nos mostra diferentes pontos de vista da sua personalidade. Kvothe, que no início não passa de um simples estalajadeiro se revela, na verdade, um exímio "alquimista", "mago" - ou seja lá o que você preferir chamar -, dotado de uma inteligência peculiar e uma prematuridade em tudo que coloque as mãos. Enquanto em sua narrativa diversas vezes ele "se mutila" e faz questão de não dizer que é um homem bom ou santo, e que ainda assim conseguimos perceber que ele é um sábio, os demais personagens nos revelam o caráter um homem íntegro, mas que ao mesmo tempo é extremamente temido. No fundo, o leitor sabe de todos os medos e criancices de Kvothe e simultaneamente o admiramos por, apesar disso tudo, tomar a coragem e jamais admitir a dor para os que estão à sua volta.
Aprendemos a admirar a sua personalidade, a compreender as suas emoções e às vezes até enxergamos a nós mesmos. Mas, por outro lado, ele se revela um personagem complexo, com traumas profundos cravados em sua memória e na sua pele, envolvido em mistérios, mortes, lutas e fatos que ainda não são bem explicadas neste primeiro volume da série A Crônica do Matador do Rei.
O Nome do Vento seria um livro quase perfeito se não fosse pela existência de Denna, a garota que faz seu "flerte" com qualquer homem do vilarejo e pela qual Kvothe deixa a astúcia de lado para peregrinar a sua procura incansáveis vezes. As cenas que se passam após um casamento desastroso (não vou dar spoilers aqui, ok?) em que os dois investigam os acontecimentos são chatas e particularmente, Denna não é mulher para esse tipo de enredo. O seu amor parece mais um oportunismo para que ela ganhe destaque na história do "herói".
Enfim, após ter visto a morte de toda a sua trupe - ele é um artista! - e de seus pais pelo que chamam de Chandriano, um demônio, viver miseravelmente em uma cidade suja e conseguir entrar na Universidade onde aprende todas as magias, Kvothe nos faz torcer do começo ao fim. Rothfuss criou um personagem de inteligência sagaz, uma coragem ácida e que ao mesmo tempo possui esse humor negro, mais negro do que humorístico, um lado sombrio onde todos o temem e o bobo apaixonado que é capaz de tudo por uma mulher.
São mais de 600 páginas para que o leitor se encante por sua historia e tente, nas entrelinhas, desvendar o que virá a seguir. Que tente decifrar o que esse Kvothe mais velho e experiente possui de tão diferente do menino que era, ou se de fato ainda não são a mesma pessoa. Que tente entender os mistérios do Chandriano ou ainda, popularmente falando, "qual é" a de Denna no meio dessa confusão. Patrick criou o personagem que todos gostaríamos de ser um pouco e que se mostra tão humano e imperfeito quanto somos na vida real. Temos um personagem que não nos apaixonamos, mas aprendemos a admirar e respeitar. E é por isso que a próxima parada é O Temor do Sábio, sem pensar duas vezes.

Projeto para apartamento pequeno - Por Juliana Tais da Fonseca

domingo, 3 de maio de 2015

A maioria de nós sempre pensa em como vai conseguir estruturar e decorar bem um apartamento pequeno. Às vezes gostamos de inúmeras coisas, possuímos diversas ideias e acabamos por colocar tudo em um espaço estreito. O problema, nestes casos, é que ao invés de ter um lar para relaxar, tanta informação pode comprometer a harmonia do ambiente e tornar algo que poderia ser aconchegante em um verdadeiro circo. 

Por isso, quando pensei em adquirir um apartamento pequenos (só eu e meu marido), logo pedi a ajuda da minha super amiga que cursa Design de Interiores, Juliana Tais da Fonseca, para me ajudar. Com as fotos do local, porém sem as medidas, enviei o material para ela junto de uma pequena entrevista que fez conosco, para montar o projeto. E mesmo com muitas faltas de minha parte, ela conseguiu entender os nossos gostos e aplicar as essências dele no "nosso" lar - Impressionante como eles conseguem entender aquilo que queremos, mesmo que tenhamos gostos muitos distintos, e ainda assim criar um ambiente com a nossa cara.

Vamos ver como ficou? E vamos nos inspirar! (Obs.: O projeto está editado e não publiquei na íntegra)


A Capa já começa inspiradora, com uma imagem que retrata bem o que buscamos no ambiente da cozinha, enquanto na próxima etapa foi feita uma análise do nosso perfil, com base nas perguntas da entrevista.




Esta segunda parte já exibe uma análise da planta do apartamento escolhido e os resultados que melhores cairão para o espaço.





As imagens de referência buscadas pela profissional já delinearam a semelhança com a planta do apartamento e já nos passam as primeiras ideias de decoração. Nos próximos três slides, ela nos passa sugestões de móveis, quadros, iluminação, banquetas, revestimentos, etc, que vão dar o tom perfeito para o apartamento de acordo com os nossos gostos. Isto claro, sempre respeitando os espaços de circulação e até mesmo ampliar essas possibilidades. Aqui, uma coisa que achei super interessante foi a mesa lateral gira gira, que otimiza a organização das coisas e usa pouco espaço da sala.


Até mesmo a cor do ano, Marsala, não escapou. Para dar esse toque moderno, esta foi a sugestão. E ainda com indicações de cores semelhantes de outras marcas! - o que cá entre nós é de grande ajuda hoje em dia. Ao lado,  uma dica para substituir o adesivo amarelo da cozinha.


Ao final temos um breve orçamento de todo esse material, que no caso deste projeto ficou em pouco mais de R$ 3.500,00. Ela ainda nos passou os links e lojas de onde encontrar todos os produtos, o que achei bem prático, já que assim não precisaria procurar.

Não é preciso dizer que nós dois amamos o projeto, pois captou bem o que imaginamos para o nosso cantinho, além de ter deixado ele jovem, moderno e discreto, à nossa maneira de ser. Infelizmente o apartamento não vingou, mas outro já já estará aí :)
E não pense em fugir amiga, você terá que fazer o projeto dele também (rsrs)! Assim que tudo der certo, pretendo publicar no blog também. Espero que todos gostem, busquem suas inspirações e vejam como é importante termos a opinião e a visão de uma terceira pessoa, que entenda do assunto e que possa nos passar dicas para melhorar a casa. Às vezes sabemos o que queremos, mas só o Design de Interiores sabe como colocar isso em prática. #FicaaDica

Mudança de visual: Cabelos curtos!

domingo, 8 de março de 2015
Não é verdade que quando você começa a pesquisar muito sobre um determinado visual você sente aquela vontade imensa de mudar mas não tem coragem?
Geralmente essas inspirações radicais chegam por meio de atrizes ou cantoras, mas no meu caso, foi através de pessoas comuns. De tanto ver a moda dos cabelos curtinhos bateu A vontade. Uma vontade seguida de outros inúmeros fatores: dinheiro, gasto de tempo, cuidado e falta de água (isso mesmo) !
Venhamos e convenhamos que os fios longos demandam de muita atenção e cuidados para se manterem saudáveis, bonitos e sedosos. Já fazia um tempo que vinha "namorando" a ideia e então, no final do ano passado, decidi que era a hora certa de radicalizar.

E aí...

  




Confesso que em alguns momentos sinto saudades do cabelão, mas a praticidade e o alívio dos fios curtos já me fisgaram logo de cara. Nada de sofrer gastando dinheiro, gastando tempo, usando mil e um produtos e o melhor: Não se importar nenhum um pouco se o vento está bagunçando tudo!

Fui a um salão que fica no Jd. Bonfiglioli, em São Paulo (SP), e levei diversos cortes para que o 'especialista' avaliasse o que fosse melhor para o meu rosto. Ele escolheu um, explicou o motivo da escolha e daí por diante entreguei nas mãos de Deus (hahahahahaha).
Enquanto ele cortava, notei que todas as pessoas do salão estavam olhando seu trabalho, e pelo espelho via a reação de cada uma: algumas assustadas, chocadas e espantadas. No início me preocupei - "Será que ele está fazendo algo errado?" - , mas logo suspirei de alívio quando ouvi uma mulher que estava fazendo as unhas comentar baixinho com a manicure: "Nossa, como está ficando lindo o cabelo da moça, não é?!". E que verdade ela estava dizendo.
Eu amei o resultado! As pontinhas naturalmente ficam todas espetadas para fora, sem que eu precise fazer nada demais. O profissional ainda me deu dicas de cremes, óleos hidratantes e como manter o penteado. A verdade é que não tem segredo nenhum. Lavo, amasso e deixo secar naturalmente. Nos outros dias, penteio e bagunço. Se bater a ventania então, é só deixar esvoaçar. 
Além disso, aquele ar de menina adolescente se transformou em uma mulher madura. E vocês meninas, o que acharam?





Críticas: "A Arma Escarlate" e "A Comissão Chapeleira"

A literatura estrangeira toma conta das prateleiras de qualquer estante. Assim como em todos os demais campos - cinema, programas de TV, desenhos, etc - a literatura nacional é sempre tida como o clichê, a cópia de tudo que é apresentado lá fora. Com A Arma Escarlate não é diferente, mas ao mesmo tempo é.



J.K. Rowling, a autora de Harry Potter, inspirou milhões de crianças e adolescentes a criarem as suas próprias historias e durante uma entrevista foi bem clara ao dizer que qualquer um poderia criar o seu universo mágico. Foi um "fiquem à vontade" e o ponto de partida inicial para que Renata Ventura desenvolvesse uma história sobre o mesmo mundo bruxo adaptado as condições brasileiras: costumes regionais, escolas com ensino deficiente, lendas da cultura como o saci e a mula sem cabeça, favela, paixão e drogas. Na história, Hugo é um menino que tem vergonha de onde vem, descobre que é bruxo, adota outro nome, pega uma varinha (aparentemente super poderosa) sem pagar e começa por fazer diversas coisas erradas.
Li  A Arma Escarlate na esperança de ver que a literatura nacional fosse mais do que um clichê e que pudesse, de certa forma, também mostrar o que há de bom em ser brasileiro. Infelizmente, pelo menos neste ponto, tive uma certa decepção. Os pontos "podres" do Brasil são inúmeros e sabemos disso, mas não somos únicos - Ou será que alguém acredita em toda a magia perfeita que existe na Europa? Nos EUA? Qual o real motivo de termos eles como exemplo e não nós mesmos? Eles também sabem de seus erros e pecados, mas não mostram descaradamente para o mundo. Isso certamente precisamos aprender com os americanos e europeus. Todos sabem que o sistema de saúde dos EUA é precário se comparado até mesmo aos daqui, porém, ninguém diz.
Colocar em um livro os tiroteios, mortes e o vício das drogas é bom por um lado e péssimo de outro. Porque não mostrar o lado bom do Brasil? Caímos novamente naquele velho pensamento de que no Brasil só existe isso: Favelas, bandidos, corruptos, drogas e carnaval. Por isso, Hugo é um personagem detestável, arrogante, petulante, um anti-herói. Tenho certeza que Renata Ventura desenvolveu o enredo pensando justamente nisso, pois não acredito que a intenção dela fosse outra a não ser montar esse cenário e essa caricatura de pessoa que são realidade em nosso país. 
Tive apenas um motivo para continuar a saga e ir adiante para o segundo volume, A Comissão Chapeleira



E esse motivo tem um nome: Capí. Capí é simplesmente aquele ser humano que nós desejamos ser ou que pelo menos queremos ter como amigo e companheiro. Capí é a personificação do que há de melhor no mundo e em suas palavras encontramos os conselhos e a esperança que muitas vezes sonhamos em ouvir. Capí é um personagem que nos faz termos vergonha de nossas ações, que nos emociona e que nos inspira a sermos diferentes. Ele é tudo o que sempre busquei encontrar no meu íntimo e no das pessoas ao meu redor.
As melhores frases são dele. Os diversos conselhos e "segundas-chances" que ele dá a Hugo muitas vezes é aquilo que você precisa ouvir também. Afinal, todos somos um pouco Hugo, um pouco Capí, um pouco Viny, um pouco Abelardo, um pouco Caimana...A Comisão Chapeleira prende do começo ao fim e te desperta de uma forma que não senti em A Arma Escarlate. Você consegue respirar a tensão e ao mesmo tempo a tranquilidade. Torce - e muito! Confesso que em determinado momento cheguei a pensar: "Não Renata, você não fez isso, pelo amor de Deus!" (quem leu sabe do que falo) e se ela tivesse feito, certamente eu mesma teria ido atrás dela e tiraria minhas satisfações (a conheci na Bienal 2014). 

Eu e Renata Ventura

Enfim, é bom ver o mundo bruxo de volta, mas melhor ainda é ver que existem personagens que nos inspiram. Vamos além: o melhor de tudo é ver a literatura nacional abrindo novas portas para os leitores da fantasia. Que venham mais livros!

E por favor, que deixem o Capí em paz. 

Os 50 tons da ignorância

sábado, 7 de fevereiro de 2015
Cartaz do filme Cinquenta Tons de Cinza

Por algum motivo sem muita importância, ser diferente é errado. Ou seja, ser você mesmo é um pecado mortal, do qual diariamente tentamos fugir para nos encaixar em alguma "tribo". Mas isto é ignorância: Ser guiado por algo "tradicional", que não foge aos meios e aos fins, que afirmam sobre a liberdade, mas a recriminam quando expressada. Assim é que vem surgir a enorme polêmica sobre o filme "Cinquenta Tons de Cinza".

O longa, que estreia no dia 12 de fevereiro, levantou uma onda de protestos e boicotes, em nome da "não-violência contra a mulher", "não-submissão da mulher" e até uma campanha para doações em prol das diversas mulheres que sofreram abuso sexual. O ato, como campanha, é maravilhoso. Como boicote ao filme, só prova como a população ainda se mantém na confortável ignorância, das quais tem preguiça de sair.

Várias questões passaram pela minha cabeça ao ler tal notícia: "Mas essas pessoas já leram os livros? ... Mas para se fazer uma doação é necessário boicotar um filme? Aliás, precisa esperar lançar um filme desses para ser ter a ideia?". Isso me desanima. Parece hipocrisia. Parece um aproveitamento mascarado em uma grande causa. E ainda imagino, quantos que ali comentaram já não fizeram coisas piores, seja em sexo ou violência (física ou verbal), com maridos, esposas, pais, mães, irmãos e amigos. Afinal, somos seres humanos e imperfeitos.

Porém, o desconhecimento sobre a história e sobre a própria lei é tão exacerbadamente exposto que chega a ser preocupante. Todos sabemos que o povo brasileiro não é conhecido pelo hábito da leitura, o que se pode deduzir que 90% daquelas pessoas se quer chegaram perto do livro para conhecer a história. Outros 5%, composto pela maioria de mulheres, leu o primeiro volume - o mais carregado de sadomasoquismo dos três títulos (claro, a mocinha está conhecendo este universo e está sendo apresentado para ela) e logo concluíram que a história é irreal, louca, com muito sexo, abusiva, obsessiva. E os outros 5% foi o grupo que leu tudo até o fim. Logo, esta é a nossa realidade unida à 'liberdade de expressão' presente nas redes sociais: todos comentam sem conhecer (às vezes até sem ler a notícia). Para quem não acredita, posso afirmar - como alguém que leu - que a história envolve um grande conflito psicológico e amor (sim, sim, sim!) .... Afinal, muitos frequentam as baladas, "pegam todas", tem uma noite de puro sexo (sem camisinha talvez) e obviamente isso é aceitável. Mas se for uma garota inocente com um relacionamento amoroso, firme e sério, é abominável ela aceitar ser submissa.

Aliás, isto abre mais uma discussão a respeito de desconhecimentos. Abuso sexual é a prática de atos sexuais com menores, incapazes ou capaz que se encontra inconsciente ou sem poder resistir. Em outras palavras, nada que seja retratado no filme ou no livro. Sobre a submissão, presente desde que o homem existe, ela vem sendo quebrado ao longo das décadas, o que justamente permitiu ao universo feminino ter a liberdade de escolher: a trabalhar, a votar, a profissão, a se apaixonar, a se envolver, a beijar, a fazer sexo da forma que quiser. Somos diferentes, mulheres e homens, cada um em seu momento e em sua forma de agir e pensar. Em matéria de sexo, alguns querem o romance, outros o querem sem compromisso, outros querem os fetiches, outros querem dominar, outros querem ser dominados, outros querem tudo isso. Uma vez consentido e aceito, não é abuso, nem violência.

E me pergunto qual é o problema de uma mulher dominar um homem? Ele é menos homem por isso? Ou um homem dominar uma mulher? Isso a torna sua escrava? Me pergunto, qual é o problema da humanidade? Chegamos ao ponto de interferir nas escolhas de todos em relação àquilo que pertence somente a cada um. E o que de fato é de todos - a própria violência, as drogas, a educação, a saúde, o meio ambiente, a corrupção - continua a ser o que sempre foi.

Aproveite e confira as resenhas sobre a trilogia: volume 1, volume 2 e volume 3.


Porque não ler os livros abaixo?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Não é uma crítica, por isso, vou ser menos formal e mais direta.

Estes não vão entrar na lista dos #FicaaDica



A Ruiva Misteriosa, Alice Calyton – Aparentemente uma história bacana, foi uma das minhas últimas aquisições da Bienal. Na onda de eu também estar ruiva, foi meio por impulso e por isso, aprendam leitores: nunca comprem nada por impulso! Dificilmente temos a sorte de ler uma boa história. Alice Clayton tentou fazer um mix de Cinquenta Tons de Cinza com Qual o Seu Número? e o resultado foi algo decepcionante. São muitas passagens sobre sexo e palavras de baixo calão (está na moda fazer isso agora) desnecessárias e constantes, além de personagens supérfluos, totalmente sem bom senso nas ações e usos de palavras. Não há profundidade neles, nem emoção na história. Entrou para a lista dos meus “Abandonados”.

As Vantagens de Ser Invísivel, Sthepen Chbosky – Outro que parecia ter uma história legal e para minha surpresa: Nossa! Que monótomo! Cansativo, bem adolescente (ou seria aborrescente?), um enredo típico de filme americano (drogas então, nem se fala). Lembrou-me o filme “American Pie” no grau de “coisas idiotas”. Não perca seu tempo nesta leitura.

E a maior enganação da literatura atualmente:


A Menina que Não Sabia Ler, John Harding – E por qual motivo digo que é a maior enganação da literatura? O livro, com uma menina deitada lendo um título qualquer e o nome, nada tem haver com a capa e nome originais. Pesquise na internet e verá. Aquela é a verdadeira “face” de A Menina que Não Sabia Ler. Se você pensa em algo inocente, desista. Esta é simplesmente, uma história que envolve suspense, terror e psicopatas. Até no começo do livro, nas primeiras 100 páginas, tudo vai indo conforme a falsa capa e a partir daí você descobre o verdadeiro lado sombrio. O enredo mudou da água para o vinho! As coisas ficam sem conexão e você se sente em alto mar, sem entender o motivo daquela mudança repentina. Então eu fui pesquisar e descobri que o autor se baseia muito em Edgar Allan Poe (o “gênio” do terror). Além disso, encontrei vários depoimentos de pessoas que se queixaram da mesma coisa, dos pontos soltos que ficam na história e também de medo. Bem, este não é o meu estilo de leitura. Não gosto dessas coisas porque acredito que em tudo neste mundo há um fundo de verdade. Por isso, me senti enganada! Ficou óbvio que quiseram aproveitar o sucesso de A Menina que Roubava Livros e embarcar nessa onda de lançamentos de meninas inocentes com um cenário tenebroso. Pesquisem antes, sempre!