Crítica: A Viagem do Tigre

quinta-feira, 16 de maio de 2013
Banco de Imagens Google


É verdade que depois de muito romance, a história de Collen Houck fica chata e monótona, mas quando entra nos detalhes aventureiros e finalmente nas ações dos personagens, A Viagem do Tigre se torna uma leitura emocionante e agradável. Ainda é, na minha humilde opinião, uma série a ser pensada, "devo ler" ou "não devo ler", justamente por este motivo.
É incontestável no entanto, a facilidade com a autora descreve psicologicamente as confusões amorosas de Kelsey Hayes, e também do desenrolar de seu próprio enredo. Parece que o leitor está, na verdade, assistindo a um filme no cinema, pois a velocidade dos acontecimentos é surpreendentemente a mesma como se fosse nas telas. Em outras palavras, é uma leitura rápida e ágil, o que faz com que você se sinta parte daquilo. 
Ou seja, vivenciar os fatos não é um problema para esta série, mas sim, esse triangulo amoroso que está invertendo seus papéis. Ainda não compreendo bem como Houck pode fazer isso, pois é notável que do primeiro volume pra cá, Kishan é Ren e Ren é Kishan. Apesar das explicações ditas e repetidas várias vezes sobre como Kishan se modificou, ainda é inexplicável a forma do que ou quem Ren se tornou. Um homem totalmente diferente daquele que o leitor vê em A Maldição do Tigre (mesmo com os poemas, o lado romântico  etc, etc, etc). E ainda tem mais. 
É um tantinho inacreditável um rapaz fazer as coisas que ele fez (e o caso Nilima é um rabo solto da história que esqueceram de conectar em alguma tomada perdida das páginas) e mesmo assim, Kelsey aceitá-lo de volta, dando o maior fora discreto que se poderá ver num livro no outro irmão, agora dócil e cavalheiro. Mas pelo menos gostei bastante das partes em que ela se irrita com eles, que ficou bem engraçado quando lembramos aquelas frases típicas de "quem manda é a mulher". 
4 estrelas são o suficiente para este volume, devido as aventuras. Apenas espero que o quarto volume e último seja tudo isso que estão falando.

A felicidade, por Fernando Pessoa

quarta-feira, 8 de maio de 2013
"Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais. Sair mais. Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta. Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem. Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás. Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais. Experimentar mais. Quero menos “mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais. 
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha".


Fernando Pessoa

Quando as redes sociais não são mais sociais

Pesquisa indica inveja e banalização nas redes sociais




Não é de hoje que vários pesquisadores abordam o tema das redes sociais na vida dos usuários e de sua interferência no cotidiano e nas relações pessoais. Os benefícios foram um dos primeiros tópicos do assunto a surgirem na mídia, porém, de alguns meses pra cá, os internautas passaram a conhecer o lado ruim do Facebook e do Twitter.
Para começar, os estudos apontam o fato de que, quanto mais se acesa o mundo virtual, mais o ser humano se isola do mundo real. O que se torna, apesar de já ter sido concluído a mesma coisa com o advento do computador e da internet, um fator interessante para um local que se denomina um “reencontro para relações sociais”.  Duas pesquisas alemãs, da Universidade Humboldt de Berlim e da Universidade Técnica de Darmstadt,  constataram que a rede de Mark Zuckerberg faz com que a pessoa se sinta mal, horrível.
O motivo? Bem simples: pura inveja. Todas elas são oportunidades de se fuçar na vida alheia e de repente, o usuário se depara com várias fotos alegres,  status de férias e viagens, o novo emprego do amigo. O problema é que na rede social nem todos são “amigos-queridos”. Muitos são “amigos-chatos”, “amigos-mala”, “amigos-da-onça”. É assim que o ser humano diante de um computador acredita que todo mundo é mais feliz do que ele, até mesmo quem ele acha que não mereceria tal posição.
Segundo os pesquisadores, pessoas que passam muito tempo navegando nas redes sociais correm mais risco de se isolarem socialmente e de ficarem deprimidas.  Disso surge o processo inverso da ideia inicial do Facebook, do Twitter, entre outras.

Da inveja à banalização
Essas redes inclusive passam a ser um desabafo da sociedade, desde o post sobre crimes de vários tipos até conflitos de fãs de cantores, por exemplo. O resultado é uma crescente banalização das ferramentas que muitos dispõem para divulgação de informações e contatos com amigos.
São exemplos possíveis de se visualizar todos os dias na timeline: se tal imagem conseguir mil compartilhamentos, tal pessoa ganha um beijo, tal pessoa ganha dinheiro, tal pessoa ganha uma bicicleta. No caso do Twitter, no trend topics:

#SonnyWithAChanceMemories
#PãoCom
#HarryStylesRatazanaMenstruada
#ParabénsBrunoGenz NósTeAmamos
#TemDiasQue
#ÉLuArNessaPorra
#EuQueroDVDLuanSantana
#VaiLáGilberto
#ChloeLyricVideo
#PutariaComMcG7naMadrugada
#SelenatorsLovesComeAndGetItVideo