Genética é o principal ponto para a longevidade

quarta-feira, 14 de julho de 2010
De acordo com a nova pesquisa, cientistas poderão prever quantos anos uma pessoa viverá

Os cientistas sempre buscaram compreender o corpo humano e o que fazer para retardar o seu envelhecimento. Nos anos de 2005 e 2007, vários estudos já haviam sido feitos a respeito de genes e hormônios que ajudariam homens e mulheres a viverem mais tempo. Mas recentemente a revista Science publicou uma nova pesquisa para o elixir da vida.
Desta vez, os cientistas estudaram os idosos com mais de 100 anos de idade, para tentar encontrar algo que indicasse uma velhice saudável e prolongada. Eles identificaram um conjunto de variações genéticas que pode prever em até 77% as chances de uma pessoa viver muito e ultrapassar o centenário.
Em comparação com as demais pessoas da população, os mais de mil idosos em idade avançada apresentaram cerca de 150 características genéticas que estão frequentes em seu organismo, diferente daqueles com idades mais baixas. Desses, os estudiosos conseguiram separar 19 características específicas em 90% dos examinados.
"Notamos no estudo que há um fortíssimo componente familiar na longevidade excepcional e que, em associação com outros trabalhos, nos fez acreditar que a genética desempenha um papel muito importante na longevidade”, disse Thomas Perls, professor de bioestatística da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston e coordenador do estudo.
Outro ponto importante que os cientistas observaram é que doenças cardiovasculares, câncer e demência, comuns e geralmente presentes nos idosos com mais de 75 anos, só começam a aparecer nos centenários a partir de 93 anos de idade. Em outras palavras, através da genética será possível prever quantos anos uma pessoa poderá viver.
Perls também acrescentou que a pesquisa é um novo avanço na medicina genômica e preventiva, podendo auxiliar na proteção de várias doenças assim como elaborar e produzir medicamentos sobre medida. “Isso tudo é muito bom para todos nós. Espero estar dentro dessa faixa de longevidade” brinca a dona de casa, Maria Aparecida Nunes, de 64 anos.

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