Crítica: Filme "Sempre ao seu lado"

domingo, 6 de junho de 2010

Filme: Sempre ao Seu Lado (Hachiko: a dogs story)
Direção: Lassie Hallstrom
Gênero: Drama
Duração: 93 min
País: EUA/Reino Unido - 2009
Sipnose: Quando Hachiko, um filhote de cachorro da raça Akita, é encontrado perdido em uma estação de trem por Parker (Richard Gere), ambos se identificam rapidamente. O filhote acaba conquistando todos na casa de Parker, mas é com ele que acaba criando um profundo laço de lealdade. Baseado em uma história real, Sempre ao seu Lado, é um emocionante filme sobre lealdade.

O filme "Sempre ao seu lado" é uma história para todo ser humano guardar e levar consigo para o resto da vida. Baseado em um fato real, a longa conta sobre os sentimentos e os laços entre Parker (Richard Gere) e Hachi (ou Hachiko para os estrangeiros). Quando o pequeno filhote de Akita é encontrado perdido na estação de trem, o professor de espetáculos de dança e arte não pensa em deixá-lo sozinho por ali. Sem opção, ele o leva para casa e desde então a familia anuncia o cãozinho por todos os lugares para encontrar um dono, mas ninguém aparece. Parker tenta, durante esse tempo, ensinar o pequeno Hachi a pegar a bolinha, mas o cachorro não dá a mínima para o brinquedo.

Os laços entre o Akita e os donos começa a crescer e decidem ficar com ele definitivamente. Parker conversa com um oriental que lhe passa informações sobre Hachi - seu nome, seu significado e diz claramente: “um cão como esse só irá pegar a bola em uma ocasião muito especial“. No dia que o dono saia normalmente para dar aula e fazer uma apresentação aos alunos, o melhor amigo dele finalmente começa a brincar com a bolinha amarela. Mas ele parecia entender o que estava para acontecer, pois apesar de não ser um humano, Forest, o cachorro que interpreta Hachi deixa transparecer nos olhos atentos a preocupação de nunca mais ver o dono. Naquele dia, Parker sofre um infarto e morre.
Mesmo sentindo e sabendo que ele nunca mais voltará, Hachi continua indo todos os dias, faltando cinco minutos para as cinco da tarde, na estação de trem esperando pelo dono. A mulher de Parker muda-se de cidade e o cão passa a morar com a filha do casal, que também morava longe dali. No primeiro dia na nova casa, Hachi foge novamente para a estação. Logo, os novos donos compreendem que a vida do cão não era ali com eles e o soltam livremente para voltar ao seu verdadeiro lar.
Os anos vão se passando e o pobre Akita permanece dormindo na estação de trem, esperando por Parker e sendo alimentado por amigos que agora mais do que nunca sabiam exatamente o que ele fazia ali tanto tempo parado. O cão virou notícia de jornal. O primeiro ponto a ser observado e criticado foi a atitude da mulher e esposa de Parker, que se mudou de local e deixou Hachi aos cuidados da filha. Ela não o havia aprovado quando chegou e deixou claro que a afinidade do cão com o marido não lhe ensinou absolutamente nada. Talvez, tentando se livrar da dor da perda ela tenha se desfeito do Akita por achar que ele lhe trouxesse lembranças amargas. Porém, o que teria feito alguém que viveria agora, o resto de sua vida sozinha? Ela ainda teve a coragem de retornar a cidade 9 anos depois e se emocionar ao saber que Hachi ainda esperava pelo dono falecido. Algo que ela jamais faria pelo cachorro, ele fazia para Parker. Realmente o melhor amigo do homem não são as pessoas que vivem com ele, mas sim, o cão que ainda acredita na possibilidade revê-lo e permanecer ali dedicando seus poucos anos de vida àquele ser humano imperfeito.
Hachi enfim fecha os olhos para a toda a eternidade e pela primeira vez após 10 anos de espera, encontra-se com Parker no outro lado da vida. Esta história que aconteceu há anos se torna um filme pouco badalado pela imprensa e no entanto é um longa que tem muito a ensinar, tanto sobre a lealdade dos animais, quanto a lealdade que deveria existir entre os próprios seres humanos com os animais. Os cães se apegam aos donos e os protegem do que puderem e ainda existem pessoas que os chutam, os expulsam de um local e outras afirmam que são agressivos. Oras, são animais! E ainda há muito o que aprender com o melhor amigo do homem, assim como Hachi ensinou a pequena cidade americana como ele ainda acreditava que reencontraria Parker qualquer dia. Ali ele ficou, sujo, velho, cansado...suportando inverno, verão, chuva, neve, dormindo apenas debaixo de um trem aguardando dar a mesma hora que seu querido dono fosse finalmente aparecer para pegá-lo e irem juntos caminhando para casa como sempre faziam. Hachi ensina a sociedade o significado das palavras mais dificeis para qualquer ser humano entender: amizade, amor e lealdade. E isto com apenas o gesto de sentar e olhar pacientemente a porta da estação de trem.

2 comentários:

  1. vanessa disse...:

    Só de ler seu post aqui já tô chorando. Vi este e o original em japonês, quase morri de tanto chorar. Só de pensar que é verdadeira essa história, meu Deus, muito triste!!!! E essa mulher dele que largou o cachorro? Eu iria mais é ficar com ele pro resto da vida pra me lembrar do marido... eu heim. Vanessa-Curitiba-Pr

  1. Teria feito a mesma coisa Vanessa!

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