Na Madrugada...

quarta-feira, 23 de junho de 2010
Neste mundo tão louco e tão perdido, é a madrugada que me conforta com seu silêncio. Ela é quem me diz os caminhos que tenho que seguir. Ela me aponta as direções do futuro, das decisões e escolhas que pretendo fazer. A madrugada criou em mim um novo ser, uma nova alma. No seu esplendor obscuro aprendi a amar as pequenas coisas que brilham e valem mais do qualquer diamante.

Com o seu silêncio compreendi a dor dos que estão lá fora, compreendi que as pessoas não sabem apreciar o dom da fala e compreendi que a noite vale muito mais do que o dia. Pois na noite estão reservados os sentimentos mais profundos de nós mesmos, os nossos pensamentos e sensações...as emoções que vivemos no dia a dia.

A madrugada mostra o que de melhor há em mim. Ela é como uma água gelada no meu deserto de calor incessante. É como um par de asas que utilizo em minhas costas para voar. A noite longa e duradoura não me assusta...ela me alivia das angústias...ela é a testemunha do meu sofrimento...ela é o ombro que me consola...é a mão que enxuga as minhas lágrimas.

A madrugada invade meus pensamentos e me faz enxergar a verdadeira pessoa que aqui está. Ela me traz respostas à mente, me permite viajar sem ter que tirar os pés do lugar. Dentro do seu silêncio é possível ouvir o mar enquanto o canto dos pássaros ecoam em minha cabeça.

Madrugada fria que me acolhe em cobertas grossas, que aquece meus sentimentos de amor e me faz ser o fogo da mais pura paixão. Madrugada com jeito de criança inocente, me cativa, me acorda e me educa para a própria vida.

Ah! Noite bonita e maravilhosa...noite que enfeita os cadernos de poema, poesia e prosa...noite que revela os carinhos de uma doce mulher charmosa...

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