Bem, visto que existem enormes acontecimentos que mereçam uma lembrança para refrescar a memória de muita gente, criei a sessão Retrospectiva. E é nessa sessão que vou procurar abordar temas pessoais, da sociedade, da cultura e da história. Neste primeiro será um tema mais pessoal misturado com sensações e acontecimentos que todos os adolescentes podem sentir, e que, terá continuação.
Estou no último ano da Faculdade de Jornalismo, então quero aqui deixar minhas impressões a respeito do assunto. É algo, como disse, pessoal, mas que todos (ou a maioria) sentiu ao pisar em uma Universidade. Começa então a história do primeiro dia de aula na faculdade.
A primeira turma da Universidade São Judas Tadeu - Butantã, iniciava suas aulas já com um pequeno erro de horário. Acabavam de abrir o novo Campus e não tinham mais do que 10 pessoas em "uma sala de espera improvisida" no pátio que ainda não tinha lanchonete, aguardando o momento de subir para as salas de aula. Entre essas pessoas estava eu, anciosa e feliz por estar ali. A faculdade que eu tanto queria estava lá. Foi quando um rapaz nos disse "Bem-vindos" e assim nos liberaram para adentrar os corredores novos e com cheiro de tinta fresca.
O primeiro professor que conhecemos foi o Rogério, de Língua Portuguesa (4 aulas direto toda a segunda-feira) que apenas ficou em um bate-papo com os poucos alunos. O pessoal da manhã nunca foi grande, pelo contrário. A sala de JO não tinha mais do que 14 pessoas, assim como a sala de Publicidade que nos fazia companhia durante a maior parte das aulas.
No intervalo nenhum aluno sabia para onde ir ou o que fazer, isso era visível no rosto de cada um. Mas passado um tempinho, alguns começaram a se agrupar, inclusive eu. Hevelyn (de PP) e Ana Paula (de JO) foram as primeiras com quem conversei e de fato, a Ana permaneceu como minha amiga no resto dos anos universitários.
A nossa sala dava para formar uma banda, devido ao grande número de conhecedores dos meios musicais. Tínhamos também, um senhor já de idade mais avançada. Era o experiente Paulo, que realizou muitos trabalhos conosco ao longo do tempo.
Aquele sim foi um ano realmente bom. A Universidade era vazia praticamente, não tínhamos problemas, erámos colegas e nso ajudávamos, íamos com a cabeça fresca para estudar e fazíamos as nossas loucuras. As apresentações dos nossos trabalhos e seminários nunca eram da forma convencional - eram loucos, engraçados, extravagantes, inovadores e o mais importante, com conteúdo. O pessoal da xerox já nos conhecia até mesmo pelo nome e o que dizer então dos atendentes do SAA - Setor de Atendimento ao Aluno. Não era nem preciso pegar senha para ser atendido, não havia ninguém de cara amarrada.
A primeira lanchonete foi a Casa do Pão de Queijo, mas poucos consumiam ali por causa do preço alto. Naquela época era muito bom poder andar nos corredores e pátios da faculdade sem trombar com ninguém pela frente ou encontrando alguém que impedisse a passagem. Saímos muitas vezes para comprar lanches ou guloseimas ali mesmo pela Vital Brasil.
Brincávamos com os professores que nos davam dor de cabeça para passar em suas provas, alguns deles nos traumatizaram no primeiro semestre. Foi o caso da professora Joana, que dava aulas de Estética e História da Arte, deixando a maioria da sala com no máximo um 5,5 (como eu - a menor nota que já tirei durante todo o curso) de nota. A turma gostava de refletir e discutir temas interessantes nas aulas de Filosofia, da Monica, e ouvir as críticas do Marcos que ensinou muito na Teoria da Comunicação.
E o nosso jornal mural? O primeiro trabalho efetivo que nos exigia escrever notícias para um veículo impresso. Escolhíamos o bairro e lá íamos nós atrás dos fatos. O primeiro foi o bairro da Lapa, que nos rendeu várias idas e vindas por todo aquele lugar...conhecemos cada rua, vimos fotos antigas, buscamos histórias, vasculhamos bibliotecas...E o segundo bairro, Aclimação não foi muito diferente. Todas aquelas ruas com nomes de pedras preciosas, o famoso parque que hoje não tem mais seu lago (uma pena) - e tiramos muitas fotos ali! Testemunhamos um ônibus elétrico, velhoooo, ainda passando por um bairro tão nobre. As imagens eram sempre tiradas de nossas câmeras e diversos pontos dos locais que visitávamos...até do meio da rua movimentada! Aquilo sim é que era paixão por jornalismo!
E o nosso júri? Eu era uma advogada que defendia as idéias de Karl Marx - veja só, justo eu. A Ana acusava e o Paulo foi o juiz. Definitivamente uma graça! (rsssssssssssssssssss). E o professor Wiska Sache? Tremenda era a fome e o sono nas aulas de História da Comunicação que brincávamos com a propaganda "bla bla bla Wiska Sache" adaptando para "bla bla bla Getulio Vargas, ditadura, Roquete Pinto..." - as poucas coisas que conseguíamos entender.
No último dia do primeiro semestre fomos comer lanche do Mc'Donalds (logo ali do lado) e no final do segundo semestre realizamos a Festa do Brega - fizemos uma vaquinha, compramos salgados, refrigerantes e estavámos vestidos à caráter como você poderá conferir no vídeo abaixo (além do mico que pagamos em plena Vital Brasil).
Definitivamente o melhor ano de todos... que não voltaria mais a se repetir nos anos seguintes...
Estou no último ano da Faculdade de Jornalismo, então quero aqui deixar minhas impressões a respeito do assunto. É algo, como disse, pessoal, mas que todos (ou a maioria) sentiu ao pisar em uma Universidade. Começa então a história do primeiro dia de aula na faculdade.
A primeira turma da Universidade São Judas Tadeu - Butantã, iniciava suas aulas já com um pequeno erro de horário. Acabavam de abrir o novo Campus e não tinham mais do que 10 pessoas em "uma sala de espera improvisida" no pátio que ainda não tinha lanchonete, aguardando o momento de subir para as salas de aula. Entre essas pessoas estava eu, anciosa e feliz por estar ali. A faculdade que eu tanto queria estava lá. Foi quando um rapaz nos disse "Bem-vindos" e assim nos liberaram para adentrar os corredores novos e com cheiro de tinta fresca.
O primeiro professor que conhecemos foi o Rogério, de Língua Portuguesa (4 aulas direto toda a segunda-feira) que apenas ficou em um bate-papo com os poucos alunos. O pessoal da manhã nunca foi grande, pelo contrário. A sala de JO não tinha mais do que 14 pessoas, assim como a sala de Publicidade que nos fazia companhia durante a maior parte das aulas.
No intervalo nenhum aluno sabia para onde ir ou o que fazer, isso era visível no rosto de cada um. Mas passado um tempinho, alguns começaram a se agrupar, inclusive eu. Hevelyn (de PP) e Ana Paula (de JO) foram as primeiras com quem conversei e de fato, a Ana permaneceu como minha amiga no resto dos anos universitários.
A nossa sala dava para formar uma banda, devido ao grande número de conhecedores dos meios musicais. Tínhamos também, um senhor já de idade mais avançada. Era o experiente Paulo, que realizou muitos trabalhos conosco ao longo do tempo.
Aquele sim foi um ano realmente bom. A Universidade era vazia praticamente, não tínhamos problemas, erámos colegas e nso ajudávamos, íamos com a cabeça fresca para estudar e fazíamos as nossas loucuras. As apresentações dos nossos trabalhos e seminários nunca eram da forma convencional - eram loucos, engraçados, extravagantes, inovadores e o mais importante, com conteúdo. O pessoal da xerox já nos conhecia até mesmo pelo nome e o que dizer então dos atendentes do SAA - Setor de Atendimento ao Aluno. Não era nem preciso pegar senha para ser atendido, não havia ninguém de cara amarrada.
A primeira lanchonete foi a Casa do Pão de Queijo, mas poucos consumiam ali por causa do preço alto. Naquela época era muito bom poder andar nos corredores e pátios da faculdade sem trombar com ninguém pela frente ou encontrando alguém que impedisse a passagem. Saímos muitas vezes para comprar lanches ou guloseimas ali mesmo pela Vital Brasil.
Brincávamos com os professores que nos davam dor de cabeça para passar em suas provas, alguns deles nos traumatizaram no primeiro semestre. Foi o caso da professora Joana, que dava aulas de Estética e História da Arte, deixando a maioria da sala com no máximo um 5,5 (como eu - a menor nota que já tirei durante todo o curso) de nota. A turma gostava de refletir e discutir temas interessantes nas aulas de Filosofia, da Monica, e ouvir as críticas do Marcos que ensinou muito na Teoria da Comunicação.
E o nosso jornal mural? O primeiro trabalho efetivo que nos exigia escrever notícias para um veículo impresso. Escolhíamos o bairro e lá íamos nós atrás dos fatos. O primeiro foi o bairro da Lapa, que nos rendeu várias idas e vindas por todo aquele lugar...conhecemos cada rua, vimos fotos antigas, buscamos histórias, vasculhamos bibliotecas...E o segundo bairro, Aclimação não foi muito diferente. Todas aquelas ruas com nomes de pedras preciosas, o famoso parque que hoje não tem mais seu lago (uma pena) - e tiramos muitas fotos ali! Testemunhamos um ônibus elétrico, velhoooo, ainda passando por um bairro tão nobre. As imagens eram sempre tiradas de nossas câmeras e diversos pontos dos locais que visitávamos...até do meio da rua movimentada! Aquilo sim é que era paixão por jornalismo!
E o nosso júri? Eu era uma advogada que defendia as idéias de Karl Marx - veja só, justo eu. A Ana acusava e o Paulo foi o juiz. Definitivamente uma graça! (rsssssssssssssssssss). E o professor Wiska Sache? Tremenda era a fome e o sono nas aulas de História da Comunicação que brincávamos com a propaganda "bla bla bla Wiska Sache" adaptando para "bla bla bla Getulio Vargas, ditadura, Roquete Pinto..." - as poucas coisas que conseguíamos entender.
No último dia do primeiro semestre fomos comer lanche do Mc'Donalds (logo ali do lado) e no final do segundo semestre realizamos a Festa do Brega - fizemos uma vaquinha, compramos salgados, refrigerantes e estavámos vestidos à caráter como você poderá conferir no vídeo abaixo (além do mico que pagamos em plena Vital Brasil).
Definitivamente o melhor ano de todos... que não voltaria mais a se repetir nos anos seguintes...
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