As taças dos vinhos

quarta-feira, 23 de junho de 2010
Esta matéria seria publicada em um lugar que não dava o mínimo valor aos seus funcionários. Inicialmente contando mentiras atrás de mentiras, ela foi na verdade um "teste". Como não foi veiculada e nem acredito que será, vem aqui para o blog para que os leigos em vinhos e taças pudessem se saborear de prazer em uma leitura agradável e curiosa.


Por Alessandra Sabbag

Para saborear prazerosamente um vinho, não basta que ele tenha boa qualidade, seja velho ou jovem, de tal marca ou linha. As taças são extremamente importantes nas degustações. São elas que revelam ou escondem de um enólogo, as qualidades e defeitos do vinho.
Existem milhares de formas de taças já fabricadas pelo mundo. Mas os consumidores compram ou adquirem uma ou outra - até mesmo várias - sem ficar atento aos detalhes. A maioria das taças deve ter haste alta, bojo largo e abertura mais estreita, para que não se transmita calor e os aromas dos vinhos se concentrem e exalem mais. As taças são feitas para proporcionar o melhor do vinho, por isso cada tipo tem a sua taça.
Para tomar vinho branco, por exemplo, o bojo não pode ser muito grande e o copo é menor, pois é um vinho que exala facilmente seus aromas. É o inverso dos tintos que necessitam de oxigenação e precisam de um bojo maior para facilitar a percepção de aromas.
No Brasil desde 2006, a Arc Internacional da França, lançou sua linha de taças Open Up na Expovinis 2010. “O vinho pode soltar seus aromas e sabores. Em nosso site mostramos como fica o aroma dentro das taças” diz Diogo, gerente comercial da empresa. A linha Open Up foi a taça oficial do Campeonato de Melhor Sommelier do Mundo, no Chile.
As taças e copos devem ser finos, de cristais ou vidro para que a bebida tenha maior contato com a boca. Os copos de cristal contêm 24% de chumbo, os cristalinos ou cristal de vidro com apenas 10% do metal e os de vidro são isentos.
Existem cerca de 150 linhas de tacas pelo mundo com 60 formatos diferentes. “Não há necessidade de tantos formatos. Dez ou 12 estaria bom. Na verdade, isso é questão de marketing e do gosto pessoal pelo design” afirma o diretor da Qualis, Renato Arantes.
A empresa é importadora e distribuidora da Schott Zwiesel, no Espírito Santo. Eles tiveram um crescimento de 40% nos últimos dois anos, tendo São Paulo com maior mercado. As taças são de cristais de titânio, mais difíceis de quebrar. Na Expovinis havia uma demonstração onde se jogava uma pequena bola na taça para testar sua resistência.
A representante de vendas da Qualis diz que os restaurantes, lojas e bares são muito exigentes quanto a qualidade das taças. Arantes conta também que o mercado brasileiro nesse ramo está cada vez mais importante. “Basta que você seja um bom conhecer de vinhos que saberá a taça certa para usar” conclui.
Vinhos espumantes são prazerosos e saborosos em taças compridas e sem bojo, isso facilita a visão das borbulhas e o gás carbônico libera os aromas.
Como podem notar, um vinho necessita de uma boa taça que combine com o seu sabor, a sua característica e as uvas que variam com o passar dos anos. A partir do conhecimento e dos ambientes adequados, é só escolher a taça e brindar.

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