Crítica: Filme "Querido John"

quinta-feira, 28 de outubro de 2010
 
Não, você não está vendo uma reprise. Este post é a crítica do filme Querido John, o anterior que você poderá visualizar novamente clicando aqui, é o do livro. Bom, podemos começar citando que os dois atores são bons, mas que sinceramente, nunca tinha os visto atuar anteriormente. Channing Tatum (John) está presente em longas como  G.I. Joe: a origem de cobra e Ela dança, eu danço, enquanto Amanda Seyfried (Savannah) participou de Meninas Malvadas e o Preço da Traição. Por isso, podemos notar que não são tão badalados quanto outras estrelas de Hollywood, o que não significa nada. 
Ela realmente banca a menininha inocente e ingênua que Savannah é no livro e ele banca o soldado durão, sério e protetor que é John. O cenário é perfeito no que corresponde as imagens que criamos na mente quando lemos o livro. Belas paisagens e muito realistas tomam conta do fundo todo ao longo do filme. O que peca, como sempre é a adaptação. Todos nós entedemos que a linguagem literária e a cinematográfica não são as mesmas e que por isso, não são aplicáveis uma a outra, porém, partir ao campo da invenção já é pedir demais. 
O filme tem que correr e assim pelo menos 150 páginas do livro no início são engolidas a seco no longa, enquanto outras 100 são mastigas em um grande resumo. Em suma, o cinema aproveitou do livro umas 30 páginas realmente, alterou cenas, acrescentou outras tantas que não existiam, colocaram Tim como pai do menino Alan, quando na verdade são irmãos, enfim. Muitas coisas que até mesmo pensei em anotá-las em um caderno, mas desisti da idéia e me centrei no filme. 
O longa perto da leitura certamente deixa muito a desejar, pois aquela mensagem que citei no outro post que o livro passa não é, em nenhum momento, perceptível no enredo cinematográfico. Eis aí o grande problema: quando a mensagem não foi colocada da forma que devia, faz com o que o filme passe em branco, como uma história de amor comum entre duas pessoas. E não é bem assim. Porém, em particular, notei alguns detalhes que me fizeram pensar em como são as situações para homens e mulheres.
Um homem não pode ver uma mulher chorar, isso parece tocá-los profundamente, sentimentalmente, de uma forma que eles tentam evitar em si mesmos somente para bancar os "machões". A mulher, apesar de estar mais madura, de ser forte e demonstrar toda essa força diariamente conservando sua delicadeza, uma hora cai em desespero e sempre procura fazer isso com uma pessoa do mesmo sexo, mas não é da mesma forma diante de um homem. Na frente das amigas, ela cai em prantos e escuta conselhos. Diante de um homem, ela chora, berra, esperneia, entra em pânico até finalmente cair nos braços dele. O homem é como uma muralha que pode desabar a qualquer momento diante de uma mulher, mas ainda assim, finge estar em pé. A mulher abre belos sorrisos enquanto precisa de um homem que ela interprete sendo como seu herói.
E vai me dizer que não é exatamente isso que acontece quando nos apaixonamos?! Quando arrumamos um namorado(a), um marido ou esposa? É exatamente este ponto que torna-se notável no filme inteiro.

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