Plantio inadequado e falta de manutenção geram cortes de luz e destruição de calçadas
Foto e texto por Alessandra Sabbag
O número de quedas de árvores nas grandes cidades cresceu seis vezes mais desde 2006. O principal fator, aliado às fortes chuvas e ventanias, é a falta de manutenção, que resultou em cerca 300 cortes de luz por dia somente no verão. Fungos, cupins e ações incorretas de moradores, como a poda de forma inadequada, também aumentam o problema, cuja solução pode levar de dois meses a dois anos. A situação se repete em várias cidades brasileiras e provoca transtornos para os moradores de São Paulo.
Um dos fatores que atrapalha a solução da questão é a falta de engenheiros agrônomos, únicos que podem autorizar a poda adequada das árvores. Existem 33 profissionais em todas as subprefeituras paulistas e cerca de dois mil casos para cada um atender durante o ano. De acordo com a Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de São Paulo (SEAM), o número reduzido desses profissionais ocorre em função “dos baixos salários”.
Árvores localizadas no Jardim América, uma das áreas mais nobres da capital paulista, causam problemas, principalmente com relação aos automóveis estacionados. Ao longo da rua Venezuela e de outras vias do bairro é possível enxergar danos gerados por cupins. Porém não são apenas insetos os causadores de transtornos. No bairro do Butantã, na altura do Km 11 da rodovia Raposo Tavares, uma árvore de tronco grosso é habitat de ratos e serve como despejo de lixos domésticos. Além disso, suas raízes começam a invadir a estrada e a quebrar a calçada da rua Hugo Carotini.
Os galhos de algumas árvores da mesma rua já causaram um curto circuito com a fiação elétrica. “Já faz anos que pedi a prefeitura para cortar árvores em frente a minha casa e até agora nada aconteceu”, conta o engenheiro e professor Clóvis Gabriades. Uma opção é realizar o plantio de forma adequada e os interessados podem conseguir auxílio no Parque da Previdência. “A pessoa pode vir e dizer ao parque que deseja plantar algo em sua terra ou calçada. Nós ajudamos, analisamos e indicamos a melhor espécie para aquele local”, explica a diretora Ariela Bankcetti.
Espécies inadequadas e a busca por uma solução
O plantio incorreto causa prejuízos a qualquer cidade grande brasileira caso não sejam consideras as características das plantas utilizadas nas vias públicas. O popular Fícus é muito usado para decorar ambientes pelo porte médio e gracioso, mas pode se tornar um risco nas calçadas. Ao ser transferida do vaso ao solo, a espécie destrói agressivamente galerias pluviais, de esgoto, fiações enterradas e fundações (placas de concreto que servem para apoiar uma construção).
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente contratou o Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT) para realizar o Projeto Árvore Saudável, um estudo que contempla o diagnóstico e a análise de risco de quedas de árvores situadas nas vias públicas. Também está sendo desenvolvido um software aplicativo – o Sistema de Gestão da Arborização Urbana (SISGAU) - para realizar o cadastramento de árvores e inspeções periódicas pelos técnicos e manejo. O sistema será colocado na internet para consulta dos moradores da capital paulista.
Um dos fatores que atrapalha a solução da questão é a falta de engenheiros agrônomos, únicos que podem autorizar a poda adequada das árvores. Existem 33 profissionais em todas as subprefeituras paulistas e cerca de dois mil casos para cada um atender durante o ano. De acordo com a Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos Municipais de São Paulo (SEAM), o número reduzido desses profissionais ocorre em função “dos baixos salários”.
Árvores localizadas no Jardim América, uma das áreas mais nobres da capital paulista, causam problemas, principalmente com relação aos automóveis estacionados. Ao longo da rua Venezuela e de outras vias do bairro é possível enxergar danos gerados por cupins. Porém não são apenas insetos os causadores de transtornos. No bairro do Butantã, na altura do Km 11 da rodovia Raposo Tavares, uma árvore de tronco grosso é habitat de ratos e serve como despejo de lixos domésticos. Além disso, suas raízes começam a invadir a estrada e a quebrar a calçada da rua Hugo Carotini.
Os galhos de algumas árvores da mesma rua já causaram um curto circuito com a fiação elétrica. “Já faz anos que pedi a prefeitura para cortar árvores em frente a minha casa e até agora nada aconteceu”, conta o engenheiro e professor Clóvis Gabriades. Uma opção é realizar o plantio de forma adequada e os interessados podem conseguir auxílio no Parque da Previdência. “A pessoa pode vir e dizer ao parque que deseja plantar algo em sua terra ou calçada. Nós ajudamos, analisamos e indicamos a melhor espécie para aquele local”, explica a diretora Ariela Bankcetti.
Espécies inadequadas e a busca por uma solução
O plantio incorreto causa prejuízos a qualquer cidade grande brasileira caso não sejam consideras as características das plantas utilizadas nas vias públicas. O popular Fícus é muito usado para decorar ambientes pelo porte médio e gracioso, mas pode se tornar um risco nas calçadas. Ao ser transferida do vaso ao solo, a espécie destrói agressivamente galerias pluviais, de esgoto, fiações enterradas e fundações (placas de concreto que servem para apoiar uma construção).
A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente contratou o Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT) para realizar o Projeto Árvore Saudável, um estudo que contempla o diagnóstico e a análise de risco de quedas de árvores situadas nas vias públicas. Também está sendo desenvolvido um software aplicativo – o Sistema de Gestão da Arborização Urbana (SISGAU) - para realizar o cadastramento de árvores e inspeções periódicas pelos técnicos e manejo. O sistema será colocado na internet para consulta dos moradores da capital paulista.
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