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A cidade grega Micenas tinha interesse no território troiano há mais de dois séculos antes da guerra
Por Alessandra Sabbag
Muitas são as questões e poucas são as respostas que envolvem a famosa Guerra de Tróia. A história relatada pelo poeta grego (e cego) Homero na "Ilíada" fazem brilhar os olhos de arqueólogos e historiadores. Aquiles, Heitor, Helena, Agamenon, Páris, Príamo e tantos outros personagens encantam os leitores a cada página do livro.
A maioria já conhece a história, afinal quem nunca ouviu que "não se pode agradar a gregos e troianos". De acordo com o que conta Homero, após uma discussão de qual seria a mais bela entre as deusas do Olimpo, Hera, Atenas e Afrodite deixam a decisão a Páris, um dos príncipes troianos. Em troca, cada uma lhe fazia uma oferta e ele opta por escolher Afrodite, que lhe daria o amor da mais bonita das mulheres do mundo. Assim, Helena, esposa de Menelau foi "raptada" por Páris.
Indignado, o marido pede ajuda a seu irmão, o poderoso rei de Micenas, Agamenon, e aí se trava a guerra mais misteriosa para a história da humanidade. Uma luta que durou 10 anos e que terminou com a devastação de Tróia, após receber um Cavalo de presente dos gregos. Mas nos dias de hoje sabe-se que não foi bem assim.
"Se eu trabalhar uma tradição mitológica qualquer, chego a um fundo de verdade que ela tem, desde que eu consiga identificar quais são os elemento de fabulação poética que estão sendo colocados em cima de um texto histórico" afirma Jacyntho Brandão, professor de Língua e Literatura da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Enfim encontrada...Tróias diversas!
O arqueólogo alemão Heinrich Schliemann, em 1870, foi em busca da cidade e o que encontrou? Nada mais nada menos do que 10 Tróias, uma construída sobre a outra em épocas diferentes - Um período que compõe 4000 mil anos de história da humanidade. Estudando e compreendendo a região, que hoje é a Turquia, descobriu-se que a sexta Tróia era a citada por Homero. Tudo coincidia com a descrição do poeta, mas muitos ainda duvidaram de sua existência. Aquela Tróia era muito pequena.
Até que em 1988, outro arqueólogo alemão, Manfred Korfman, continuou as escavações e suspeitou que Tróia fosse uma cidade mais baixa. Uma ressonância magnética feita na região indicou um território que ocupava um enorme campo atrás dos muros encontrados por Schliemann. Eles acabaram descobrindo um túnel de 700 metros, construído na Idade do Bronze – a era em que teria ocorrido a Guerra de Tróia. Estima-se que a população da cidade era entre 4000 e 8000 mil habitantes.
Mas e os gregos?
Tróia estava ali, com indícios de violência, esqueletos queimados e pontas de flechas. Micenas era um dos mais poderosos reinos da Grécia. Atrás do palácio foi encontrado um cemitério de reis, cheios de espadas, armas e máscaras da Era do Bronze. Os motivos que levaram a guerra não foram Helena e o amor, mas sim, a ambição e o dinheiro. Era comum que os "navios" da época passassem pelo mar Egeu para transporte. Em outras palavras, a cidade em que aconteceu a guerra era extremamente rica e era rota de comércio.
Os historiadores e pesquisadores acharam no fundo do mar, há 50 metros de Tróia, uma embarcação que levava mercadorias, ovos de avestruz, ouro e cobre. Eles também descobriram outro povo que deixaram registros sobre a guerra entre gregos e troianos, os Hititas.
O que ainda não foi esclarecido – e talvez nunca seja – é a questão do Cavalo de Tróia, se existiu ou não. "Dizer que a Guerra de Tróia, tal qual ela é relatada na "Ilíada" de Homero, foi o que aconteceu historicamente não é uma verdade" afirma a professora de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo), Filomena Hirata.
Mas se for pelo período histórico da era do bronze, pode-se notar que na mesma época muitas coisas além desta são misteriosas para os pesquisadores, como por exemplo, a construção das pirâmides do Egito. Seja real, ficção ou os dois, as obras "Ilíada" e "Odisséia" de Homero chegam a encher os olhos daqueles que se encantam por uma história de personagens, que perdidos no tempo se tornaram grandes reis e lendários heróis.
Muitas são as questões e poucas são as respostas que envolvem a famosa Guerra de Tróia. A história relatada pelo poeta grego (e cego) Homero na "Ilíada" fazem brilhar os olhos de arqueólogos e historiadores. Aquiles, Heitor, Helena, Agamenon, Páris, Príamo e tantos outros personagens encantam os leitores a cada página do livro.
A maioria já conhece a história, afinal quem nunca ouviu que "não se pode agradar a gregos e troianos". De acordo com o que conta Homero, após uma discussão de qual seria a mais bela entre as deusas do Olimpo, Hera, Atenas e Afrodite deixam a decisão a Páris, um dos príncipes troianos. Em troca, cada uma lhe fazia uma oferta e ele opta por escolher Afrodite, que lhe daria o amor da mais bonita das mulheres do mundo. Assim, Helena, esposa de Menelau foi "raptada" por Páris.
Indignado, o marido pede ajuda a seu irmão, o poderoso rei de Micenas, Agamenon, e aí se trava a guerra mais misteriosa para a história da humanidade. Uma luta que durou 10 anos e que terminou com a devastação de Tróia, após receber um Cavalo de presente dos gregos. Mas nos dias de hoje sabe-se que não foi bem assim.
"Se eu trabalhar uma tradição mitológica qualquer, chego a um fundo de verdade que ela tem, desde que eu consiga identificar quais são os elemento de fabulação poética que estão sendo colocados em cima de um texto histórico" afirma Jacyntho Brandão, professor de Língua e Literatura da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Enfim encontrada...Tróias diversas!
O arqueólogo alemão Heinrich Schliemann, em 1870, foi em busca da cidade e o que encontrou? Nada mais nada menos do que 10 Tróias, uma construída sobre a outra em épocas diferentes - Um período que compõe 4000 mil anos de história da humanidade. Estudando e compreendendo a região, que hoje é a Turquia, descobriu-se que a sexta Tróia era a citada por Homero. Tudo coincidia com a descrição do poeta, mas muitos ainda duvidaram de sua existência. Aquela Tróia era muito pequena.
Até que em 1988, outro arqueólogo alemão, Manfred Korfman, continuou as escavações e suspeitou que Tróia fosse uma cidade mais baixa. Uma ressonância magnética feita na região indicou um território que ocupava um enorme campo atrás dos muros encontrados por Schliemann. Eles acabaram descobrindo um túnel de 700 metros, construído na Idade do Bronze – a era em que teria ocorrido a Guerra de Tróia. Estima-se que a população da cidade era entre 4000 e 8000 mil habitantes.
Mas e os gregos?
Tróia estava ali, com indícios de violência, esqueletos queimados e pontas de flechas. Micenas era um dos mais poderosos reinos da Grécia. Atrás do palácio foi encontrado um cemitério de reis, cheios de espadas, armas e máscaras da Era do Bronze. Os motivos que levaram a guerra não foram Helena e o amor, mas sim, a ambição e o dinheiro. Era comum que os "navios" da época passassem pelo mar Egeu para transporte. Em outras palavras, a cidade em que aconteceu a guerra era extremamente rica e era rota de comércio.
Os historiadores e pesquisadores acharam no fundo do mar, há 50 metros de Tróia, uma embarcação que levava mercadorias, ovos de avestruz, ouro e cobre. Eles também descobriram outro povo que deixaram registros sobre a guerra entre gregos e troianos, os Hititas.
O que ainda não foi esclarecido – e talvez nunca seja – é a questão do Cavalo de Tróia, se existiu ou não. "Dizer que a Guerra de Tróia, tal qual ela é relatada na "Ilíada" de Homero, foi o que aconteceu historicamente não é uma verdade" afirma a professora de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo), Filomena Hirata.
Mas se for pelo período histórico da era do bronze, pode-se notar que na mesma época muitas coisas além desta são misteriosas para os pesquisadores, como por exemplo, a construção das pirâmides do Egito. Seja real, ficção ou os dois, as obras "Ilíada" e "Odisséia" de Homero chegam a encher os olhos daqueles que se encantam por uma história de personagens, que perdidos no tempo se tornaram grandes reis e lendários heróis.
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