As pessoas costumam achar que amor é enganação e brincadeira. Isso porque elas confundem paixão com este sentimento tão nobre e digno de confiança. O tema do post de hoje é "amor a distância realmente dá certo?" pelo simples fato de eu mesma vivenciar e sentir na pele toda essa tensão.
Os casais mais antigos dificilmente conhecem esse tipo de relacionamento, afinal naquela época não existia o computador e nem o celular e as SMS - o que não muda em nada a intensidade do amor. Há alguns anos atrás costumava escutar histórias de casais que no meio do relacionamento se separavam porque passaram a morar distante um do outro. Tudo balela! Esse conto de que distância não dá certo está sendo vencido pelos namorados e casamentos que vem se concretizando nos últimos tempos. O namoro à distância funciona quando nós queremos!
"Tudo depende do amor, da maturidade e da confiança mútua. Se houver desconfiança, ciúme extremo, vigilância e cobrança, o relacionamento vai se deteriorar”, explica Silmar Coelho, psicólogo especializado em relacionamentos. Muitos ainda confundem a dor da saudade com carência - se você se sentir só vai acabar traindo. Mas o pensamento se mostra falso, pois quando amamos verdadeiramente não traímos e não somos traídos, o que vale para casais que moram até na mesma esquina. A saudade dói, deixa o coração amargurado e faz com que as operadoras de celulares ganhem novos clientes (os namorados aproveitam as promoções) e os sons do MSN e do Skype se tornam mais frequentes do que o toque do telefone fixo da sua casa.
O que é necessário para dar certo?
"Se a comunicação já é complexa quando um casal está presente, imagine à distância. Trata-se de um exercício possível, porém custoso", explica a psicóloga Karen Camargo e completa: : "O casal deve combinar o que poderá ser feito ou não, que tipo de ‘brecha´ não será tolerada. Se não há confiança fica difícil manter um relacionamento". Mas afinal, como vivem os casais que namoram à distância? Um bom exemplo de como as coiSas funcionam é o filme Amor à Distância de Nanette Burstei, que conta exatamente como vivem os pombinhos Garrett (Justin Long) e Erin (Drew Barrymore) morando do outro lado do país. Ainda assim, na minha modesta, sincera e experiente opinião, não chega nem perto e algumas vezes até foge do que realmente passamos na vida real. No filme eles terminam o relacionamento pois não suportam residirem longe um do outro, porém o final é sempre feliz.
"Deve existir cumplicidade, honestidade e, acima de tudo, tesão das pessoas envolvidas. Diante de tanta tecnologia hoje oferecida é possível tentar ao menos amenizar a questão da distância para que ambos fiquem mais tranquilos" afirma outra psicóloga especilista em relacionamentos, Nelma Penteado. "“O importante é que os dois se sintam confiantes diante do compromisso assumido e se empenhem juntos, como um time, para que o brilho permaneça inalterado até a situação de proximidade física dos dois melhorar”, conclui.
É amor, mas para alguns é safadeza
A utilização dos recursos tecnológicos para manter um relacionamento à distância é muito mal vista pela sociedade. Você se pergunta "Como assim?". Pois é caros leitores internautas, os casais que ficam longe também sentem vontades e desejos e é através de telefonemas e webcam que eles são sanados. Os mais velhos ficam indignados, outros adolescentes também, mas alguém aí saberia apontar outra saída?
"Estar sempre bem arrumada ao teclar diante da câmera com o amado, que está longe, aguça a imaginação masculina e mantém o desejo aceso" conta a psicóloga Nelma. Ela ainda ressaltou o uso da webcam para criar intimidade e um encontro virtual e sexual entre o casal. "A parceira pode aprender linguagem erótica para, a cada mês, sugerir brincadeiras sedutoras a dois. Fazer um striptease, enviar uma calcinha para ele com o próprio perfume e atitudes do gênero”, diz.
Mas no final, todo o casal que se ama de verdade, termina, para sempre e toda a vida até que a morte os separe, assim: