O adeus de Ronaldo

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


Poderia ter sido de outra forma, mas foi assim que aconteceu. Ronaldo Fenômeno se aposentou após jogar dois anos pelo Corinthians, ganhando títulos e perdendo a tão sonhada Libertadores da América. O pronunciamento do agora ex-jogador foi nesta manhã durante uma coletiva de imprensa ao lado dos filhos e do presidente alvinegro, Andres Sanches. 
Ele, de família humilde, começou a carreira como mais um dos muitos anônimos que passam pelo futebol brasileiro, se tornou um ícone, um fênomeno que caiu nas graças do mundo da bola em qualquer clube pelo qual passou. O resultado de todo esse esforço? Convocações para seleção, campeão mundial, o maior artilheiro de todas as Copas e um jogador eleito três vezes o maior e melhor do mundo! 
Envolveu-se em casos polêmicos, alguns escandâlos e TODAS as coisas que TODOS os atletlas passam e podem passar durante sua carreira. A sua chegada no Corinthians foi a maior recepção que um astro do futebol poderia receber. Você pode ser a favor ou contra Ronaldo, mas uma coisa é fato: amando-o ou não, todos estavam ali para ver ele nos gramados.
Lesões, cirurgias, aumento de peso (seja pelo hipotireioidismo ou não), o Fenômeno, hoje com 34 anos, disse adeus aos campos e passará a atuar fora deles e internamente dentro do Corinthians. Aí entra mais um momento que eu gostaria de citar, pois isso foi bonito: a ligação do clube com Ronaldo fez bem aos dois lados. O jogador criou uma identificação com o alvinegro, a torcida e vice-versa. Ronaldo entrou de vez para o "bando de loucos", foi recebido de braços abertos e carinhosamente assumiu suas responsabilidades nos momentos de crise dentro do clube. 
Na entrevista ele disse que os melhores momentos de sua carreira foram a Copa de 2002 e o dia que entrou para o Corinthians oficialmente, no meio dos loucos que o recepcionavam. Também pediu desculpas pelo fracasso do projeto da Libertadores. Quanto tudo isso tenho a dizer que aprendi a ver Ronaldo de um modo muito diferente de quando era pequena (sim, eu não gostava muito dele não), que percebi o quanto ele lutou para vencer as barreiras e que sendo ele quem era, nada apagaria sua história no futebol. Não acho que ele deva pedir desculpas a alguém - principalmente quando em um dia se é Rei e no outro estão te culpando e apedrejando seu carro, pedindo sua cabeça - mas eles é que deveriam lhe pedir desculpas.
Quanto à Libertadores, eu digo, Ronaldo, somos corinthianos sofredores graças a Deus. Porque nada é fácil na vida do Corinthians e talvez seja por isso que ele se identificou como um novo louco no bando de loucos. Corinthiano meu amigo, Ronaldo Fenômeno viu o que é ser corinthiano antes mesmo de entrar para o time. "Não pára, não pára, não pára...." mas uma hora a luta tinha que parar.

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