Crítica : Guerra ao Terror

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Filme: Guerra ao Terror
Direção: Kathryn Bigelow
Gênero: Guerra
Duração: 128 min
Sinopse: Para um grupo de soldados americanos, alguns dias os separam do retorno para casa. Um período relativamente curto, se não fosse por tantas ocorrências que transformassem esse fim de jornada em um verdadeiro inferno. As forças armadas precisam de especialistas não só nos campos de combate mas também no dia a dia, na proteção do grupo contra insurgentes que promovem atentados, matando milhares de cidadãos. Conheça a dura realidade destes soldados e descubra que, ao contrário do que todos eles pensam, a luta jamais terminará.

Crítica

Guerra ao Terror

O longa vencedor de melhor direção e melhor filme no Oscar deste ano, conta a história de soldados americanos especialistas em desarmar bombas. Logo na primeira cena nota-se a tensão de guerra vivida pelos países do Oriente Médio.
Várias mortes ocorrem durante o filme, além de sangue e horror. O objetivo da diretora Kathryn Bigelow é mostrar o sofrimento e a dor dos soldados no combate ao terrorismo. A luta para desarmar as bombas retrata o que todos os cidadãos americanos gostam de ver e passar nos filmes de Hollywood: o orgulho de ser um americano “herói” com o objetivo de salvar o mundo.
Apesar de, no fundo, o longa exibir o pensamento tipicamente americano, sua coragem, luta e cidadania, como todos o fazem, há um diferencial. Mostrar que a dor humana é partilhada por amigos e inimigos.
A cada bomba que precisam desarmar, uma nova história se inicia. A situação repetitiva do inicio, torna-se inovadora quando conhecemos a nova vítima. Inocente ou culpada, o homem (ou mulher) bomba tem um “enredo”, um passado e talvez tivesse tido um futuro. A cena mais chocante de todas ocorre quando os especialistas são chamados para irem a um prédio e encontram a bomba dentro do estômago de um menino que vendia DVD’s na base militar americana.
A vida desses soldados pára e eles não têm noção de quanto tempo estão naquele local, pois afinal, para eles pouco importa, dentro de dias, meses ou anos, ali permanecerão e só mudarão, posteriormente, para um país no qual o cenário e o terror da guerra são os mesmos.
Eles só esperam um dia, retornarem vivos para as casas de suas famílias ao lado quem amam, pois no momento, só conseguem amar e dar valor apenas à própria sobrevivência.

0 comentários:

Postar um comentário