Crítica: Diários do Vampiro - O Despertar

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Fazer comparações entre Diários de um Vampiro e a saga Crepúsculo é impensável. Mas dizer que eles são iguais ou parecidos, aí já é demais! Afinal de contas, a única coisa em comum entre eles é o amor de um vampiro por uma humana. Só isso. Elena Gilbert é uma garota totalmente diferente de Bella Swan. Popular, do tipo que gosta de chamar atenção, provocadora. E Stefan Salvatore parece um adolescente sempre em depressão.

O livro é bom a ponto de te fazer imaginar todas as cenas, inclusive as mais obscuras. Acredite, as cenas sombrias, são realmente sombrias! A autora L. J. Smith consegue transmitir as emoções e pensamentos dos personagens de forma simples e fácil. Ela não se prende somente no presente.
Durante a história sempre é feita uma regressão no passado de Stefan, contando um pouco o seu caminho e o que o tornou como ele é. Mas não é de uma tacada só.

Essa regressão é feita constantemente nas páginas do livro, onde a autora consegue encaixar perfeitamente as últimas linhas do presente com as primeiras linhas do passado e vice-versa, não deixando o leitor se perder na leitura e compreensão da trama.


Apesar do foco estar sempre em Elena e Stefan, uma outra personagem chama muito a atenção (pelo menos comigo foi assim) é Bonnie, uma das amigas de Elena. Na verdade, ela se parece muito com uma criança, com um jeitinho peculiar que é só dela, além de ter dons "extraordinários" que deixam pequenas pistas do que possívelmente irá acontecer. É uma personagem intrigante que tenho curiosidade em saber que fim terá.


E se você pensa que a verdade sobre Stefan logo é revelada, se engana. Elena só descobre a verdade quase no fim do livro. Damon, o irmão mais velho, só dá as caras no último capítulo de fato, no resto, seu nome nem é cogitado, mas pra quem já leu algo a respeito da história, saberá muito bem que ele aparece desde o início. E também nota-se que ele dará muito trabalho a Stefan.

O problema de Diários do Vampiro - O Despertar, é que os momentos de romance são poucos (não que isso seja ruim), mas são fracos. Melosos e até mesmo incompreensíveis do ponto de vista do amor. Quero dizer que tudo ocorre muito rápido. Elena mal conhece Stefan e já se diz apaixonada, já fala que o ama e todos sabemos que mesmo o amor a primeira vista não causa nada tão instantâneo. Ninguém diz "eu te amo" na primeira ou segunda conversa com o pretendente. Isso faz com que o amor deles pareça superficial, embora tenha todo aquele negócio do "me sentir protegida quando estou com ele", "confio em você" e "sei que nunca irá me machucar". É tudo muito instantâneo, até mesmo a decisão de Elena de ficar ao lado de Stefan e deixá-lo que ele a morda.Não é assim, convenhamos. Parece a atitude de uma adolescente rebelde, revoltada com a vida.


O livro não termina de qualquer jeito. Coloca-se a parte quente do confronto entre os irmãos, bem na hora que a "princesa disputada" aparece para tentar impedir uma tragédia. É uma continuação, algo realmente inacabado, um "to be continued"...e isso dá ao segundo livro, Diários de um Vampiro - O Confronto, a chance de começar de uma forma emocionante e cheia de ação que terá como desafio, manter esse ritmo até o seu final. Caso isso não aconteça, será um fracasso total. E se você acha que eu revelei alguma coisa do enredo nesta crítica, está mais do que enganado. Leia o livro... e depois me conte a sua visão da história.




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