Revista reacendeu chamas na política brasileira e aumentou
ainda mais o que não é novidade: a imparcialidade e a falsidade do bom jornalismo
Quando ingressamos na faculdade de jornalismo, uma das
primeiras coisas que somos obrigados a tentar entender é a polêmica envolvente
sobre a imparcialidade da profissão. Toda aquela história de que, teoricamente,
o profissional da comunicação não pode tomar partido em uma história, nem dar
substantivos a nada ou a ninguém, nem mesmo vibrar pelo gol do time do coração.
A revista Veja vem ultrapassando os limites do que ouvimos
durante o curso: não existe imparcialidade, a começar pelo editorial dos veículos
de comunicação. E se isso não é novidade, qual o motivo de ser tão impactante?
Porque uma das cinco revistas semanais mais conhecidas do mundo, com cerca de
1,2 milhões de exemplares, ganharia tanto ‘bafafá’? Só porque alguns mascaram
essa realidade tão bem e a Veja perdeu descaradamente a vergonha, todo mundo
resolveu soltar o verbo.
E todos os comunicadores da imprensa, de repente, resolveram
praticar a sua imparcialidade nos artigos de jornais, revistas concorrentes e
sites. A verdade é que a Veja, apesar de ter assumido sua posição política
publicamente, não está ligando para o que dizem no mercado. Ela é conceituada,
possui nome de peso e tudo que está estampado nas suas capas são assuntos não
só que passam na boca do especialista, mas também do povo. E isto basta.
Enquanto os ‘jornalistas’ de plantão buscam atingir esse
nome, o fato é que se existe algum veículo de comunicação que realmente está
agitando Brasília, esse veículo se chama Veja. E o assunto se mistura no meio
de tantos BBB’s, fotos de atriz nua na internet, Silvios Santos com cabelos
grisalhos pronunciando nome feio, Igrejas Universais que tiram o demônio e gols
de futebol.
E o que tirar de conclusões quando se vem à tona o escândalo
de Carlinhos Cachoeira com a revista? Para onde foram todos os argumentos?
Afinal estaria a Veja do lado da verdade ou do lado de interesses? Estamos
rodeados de falsidade na comunicação? ...
E o que dizer? E o que pensar? A verdade é crua. A realidade dói.
Parabéns por esse artigo,eu diria de uma forma poética "se todos os jornalistas fossem iguais a vc" a política não tomaria esse rumo!Um jornalista q não concorde com reportagens mentirosas e caluniosas exigidas por chefes corruptos,não deve ser conivente,e agir contra a própria conciência,mais honrado seria mudar de profissão caso não possa ser neutro e tentar se aproximar da verdade.Concordo plenamente com vc Querida Alessandra!