A polêmica Veja

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Revista reacendeu chamas na política brasileira e aumentou ainda mais o que não é novidade: a imparcialidade e a falsidade do bom jornalismo


Quando ingressamos na faculdade de jornalismo, uma das primeiras coisas que somos obrigados a tentar entender é a polêmica envolvente sobre a imparcialidade da profissão. Toda aquela história de que, teoricamente, o profissional da comunicação não pode tomar partido em uma história, nem dar substantivos a nada ou a ninguém, nem mesmo vibrar pelo gol do time do coração.
A revista Veja vem ultrapassando os limites do que ouvimos durante o curso: não existe imparcialidade, a começar pelo editorial dos veículos de comunicação. E se isso não é novidade, qual o motivo de ser tão impactante? Porque uma das cinco revistas semanais mais conhecidas do mundo, com cerca de 1,2 milhões de exemplares, ganharia tanto ‘bafafá’? Só porque alguns mascaram essa realidade tão bem e a Veja perdeu descaradamente a vergonha, todo mundo resolveu soltar o verbo.
E todos os comunicadores da imprensa, de repente, resolveram praticar a sua imparcialidade nos artigos de jornais, revistas concorrentes e sites. A verdade é que a Veja, apesar de ter assumido sua posição política publicamente, não está ligando para o que dizem no mercado. Ela é conceituada, possui nome de peso e tudo que está estampado nas suas capas são assuntos não só que passam na boca do especialista, mas também do povo. E isto basta.
Enquanto os ‘jornalistas’ de plantão buscam atingir esse nome, o fato é que se existe algum veículo de comunicação que realmente está agitando Brasília, esse veículo se chama Veja. E o assunto se mistura no meio de tantos BBB’s, fotos de atriz nua na internet, Silvios Santos com cabelos grisalhos pronunciando nome feio, Igrejas Universais que tiram o demônio e gols de futebol.
E o que tirar de conclusões quando se vem à tona o escândalo de Carlinhos Cachoeira com a revista? Para onde foram todos os argumentos? Afinal estaria a Veja do lado da verdade ou do lado de interesses? Estamos rodeados de falsidade na comunicação? ...  E o que dizer? E o que pensar? A verdade é crua. A realidade dói.


1 comentários:

  1. A Estranha disse...:

    Parabéns por esse artigo,eu diria de uma forma poética "se todos os jornalistas fossem iguais a vc" a política não tomaria esse rumo!Um jornalista q não concorde com reportagens mentirosas e caluniosas exigidas por chefes corruptos,não deve ser conivente,e agir contra a própria conciência,mais honrado seria mudar de profissão caso não possa ser neutro e tentar se aproximar da verdade.Concordo plenamente com vc Querida Alessandra!

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