Tragédia no Japão: uma nova prova de superação

quinta-feira, 17 de março de 2011
Estamos cansados de ver dia após dia as notícias das tragédias vividas pelos japoneses. A Líbia até saiu do telejornal brasileiro, ficou esquecido. Isso, desde a semana passada quando um forte terremoto atingiu o Japão e causou o fênomeno conhecido por tsunami, que devastou cidades inteiras. Como se já não bastasse a destruição, situações ainda piores estariam por vir com as explosões e problemas dos reatores nucleares da usina de Fukushima. 
O Japão está em alerta! Para muitos este é o início do apocalipse, um fato que remonta a idéia do fim do mundo em 2012, ou ainda, um aviso de Deus à humanidade. Colocando crenças de lado, outras pessoas comentam que a construção de usinas nucleares é totalmente desnecessária, o que é uma grande 'ignorância' por parte da população.
O número de mortos cresce a cada dia, hoje estão passando dos cinco mil, mas ainda passará dos dez mil, sem dúvida. Há quem afirme que a tecnologia avançada dos japoneses não lhes servem de nada, uma vez que está provada que o país mais preparado do mundo sofre grandes tragédias, mas vamos lembrar que o Japão não teve tantas mortes por causa do terremoto - suas estruturas são fortes o suficiente e lá os tremores são constantes, quase sempre acima de 6 na escala classificatória. Além do mais, é justamente por todo esse preparo e tecnologia avançada que os niponicos somam um baixo número de perdas. É isso mesmo que você leu, baixo. 
Vamos imaginar um acontecimento desses nos EUA. Obviamente que os americanos são excepcionais nos devidos cuidados, porém, prédios, casas, contruções e nem os porões das casas, resistiriam à tudo que o Japão enfrentou de pé. O número de mortos seria maior. Agora, pensaremos a mesma situação no Brasil. Não é preciso nem descrever, não é mesmo? Os feridos e mortos atingiriam a escala númerica dos milhares e milhões. Saibamos reconhecer nossas fraquezas antes de querer falar mal das dos outros. 
Concordamos que alguns dados estão sendo escondidos pelo governo japonês - ou não - mas esses dados interessam exlclusivamente ao país. O que mantém as coisas melhores é a tranquilidade da população diante do ocorrido, apesar do medo e do receio - não vemos um japonês gritando desesperadamente no meio da rua, não vemos se lamentando por não ter água, luz ou alimento nas prateleiras, não os vemos chorar pelo leite derramado, não os vemos saqueando, roubando, brigando ou se matando por um pouco de comida. A educação prevalece, as ruas impecávelmente limpas todos os dias, a calma aparente reina nas cidades...o choro é pelo parente que ficou para trás.
O Japão é um país preparado para lidar com radiações de alto nível - eles vivenciaram isso da pior forma em 1945. O Japão saiu derrotado, estilhaçado...Hiroshima e Nagasaki estavam ali para lhes lembrar dos fatos horrosos. E estão lá ainda hoje, como uma prova viva de que tudo aquilo que já foi perdido, pode voltar a renascer quantas vezes forem necessárias, independente da destruição causada. Os japoneses podem conviver com mais esta tragédia, podem recomeçar e eles sabem como devem fazer. As consequências só o tempo dirá, assim como também o disse no século passado. De derrotado e em ruínas, para a terceira maior econômia do mundo - isto se chama superação, e o significado desta palavrinha, o Japão aprendeu durante a história.

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