Crítica: Harry Potter e as Relíquias da Morte (livro)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Não, não é uma repetição da outra crítica do filme do Harry Potter e as Relíquias da Morte - parte 1 que você conferiu aqui em novembro. Desta vez estamos falando do livro mesmo! Já fazem uns dias que ganhei um exemplar de presente em um sorteio de um site de cinema - e é a primeira vez que ganho algo em um sorteio na internet. Demorei um tempo para devorá-lo (literalmente) pois estava viajando e resolvendo algumas questões (e também porque já havia lido online em tradução não oficial). Mesmo assim, nada que me impedisse de ler esta magnífica história construída por JK Rowling. Não digo isto porque sou fã da série do bruxo mais famoso do século, mas sim porque vemos durante toda a saga como a narrativa flui bem e o principal: como Rowling consegue juntar cada pedacinho, que para nós leigos leitores não tinha a mínima importância, e colocá-los unidos, formando uma cadeia de fatos que se completam  perfeitamente em cada uma das 590 páginas do livro.
Que mundo é este criado pela britânica? De onde saiu tamanha imaginação? Os lugares eram perfeitamente descritos, claro, com os maiores detalhes nos livros anteriores. O mais interessante é que lendo poucos dias depois de ver o filme, é possível ter uma noção da boa ou má interpretação dos atores na telona. Os papéis foram realmente bem estudados, principalmente os de Severo Snape, Lord Voldemort, Hermione Granger e o do próprio Harry Potter. Enquanto lia escutava em mente as falas da mesma forma que as ouvia no cinema.  
Aliás, imaginação é o que não faltava durante cada capítulo. Impossível não sentir os sentimentos de Potter, os momentos de medo, angustia, aflição e os poucos de alegria. É, no último livro da saga não há espaço para risadas e brincadeiras.
Os tempos são um tanto complicados demais para se sorrir. E no meio disso tudo, você, leitor, está na história, acompanhando a narrativa em 3ª pessoa, mergulhando no universo bruxo, desvendando as magias e entendendo, bem como se compreende a lógica das artes, que para cada feitiço existe uma condição no qual deve se empenhar para se realizar o objetivo com sucesso. Em Harry Potter e as Relíquias da Morte o segredo é a determinação, a coragem e o amor acima do medo e do egoísmo... é a estratégia e a inteligência acima da ambição e do poder. É ser o Senhor da Morte sem ter que necessariamente matar.
Mas JK Rowling "pecou" - e coloco isto entre aspas, note bem - na grande batalha final entre Harry e Voldemort. Claro, compreendemos perfeitamente a situação e o que se passa ali, porém, foi muito rápido. Em um parágrafo de 10 linhas, mais ou menos, os feitiços se chocam, uma varinha voa e Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado cai duro no chão. Assim, simples, fácil, rápido. Acabou. Isso não compromete nada no livro, mas podia ser mais duradouro.
Ainda assim, o que me deixa frustrada mesmo é ver que o destino de Harry Potter foi apenas um casamento com Gina Weasley (e ter três filhos com ela), uma personagem sem sal, apagada e que não vive nada ao lado dele. Talvez o mais interessante seria se ele casasse com uma bruxa que tivesse passado todo o sufoco com ele, apoiando e tendo uma participação mais ativa na vida do personagem. Nem tudo agrada a todos não é? 
Bom, veremos o que os produtores estão planejando para o filme Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 2, já que sobraram, das 590, apenas 200 páginas para serem contadas nas telonas em 2011. Ai ai ansiedade...

JK Rowling

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