Um sonho, uma realidade

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ontem, pela primeira vez em sua história, o Corinthians levou o título de Campeão da Libertadores da América, ganhando de 2 a 0 (dois gols de Emerson Sheik) em cima do tradicional Boca Juniors. A equipe argentina, muito diferente do que costumam fazer os clubes brasileiros quando jogam no exterior, fez até um bom jogo, uma partida equilibrada e não pareceu estar assustado diante de tantos “loucos” nas arquibancadas.
É muito difícil dizer, aonde começou essa arrancada, mas arrisco dizer: foi no rebaixamento do clube em 2007. De lá pra cá, a equipe paulista levou um belo ‘sacode a poeira e dá a volta por cima’, conquistando o Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Em outras palavras, uma ascensão que poucos clubes conseguem em tão pouco tempo...quatro anos depois, chegando ao ápice do tão sonhado título da América.
Mas não foi apenas isto. O alvinegro agora possui um estádio em construção que será a abertura do evento futebolístico mais importante do mundo, a Copa do Mundo. Sem grandes craques, sem um jogador matador de fato, sem um nome impactante na equipe, o Corinthians aprendeu a ser 12 jogadores em campo. Reforçou a defesa, tipicamente como denominamos de “retranca”, como nenhum outro time brasileiro faria tão bem. Muitos, se não todos, criticaram.
O Santos, por exemplo, é sem dúvida a melhor equipe atualmente. Mas não adiantou Neymar e 8 gols em uma única partida para levar o Peixe adiante. Apenas 1 a 0 garante 3 pontos (em caso de pontos corridos), 1 a 0 é vitória também, e foi nessa toada que o Corinthians conquistou a Libertadores, invicto, com apenas 4 gols sofridos. Sem o ataque brilhante, mas lá trás ia sempre ‘muito bem, obrigado’. Foi uma costura, nó por nó.
Um fator muito importante e algo que não víamos nas edições anteriores, foi a calma. Apesar da pressão e do lado emocional, todos estavam conscientes do que faziam: fosse nos toques de bola, troca de passes ou chutões pra frente. Aliás, cada um deles, era como um gol. E o mais lindo de tudo isso? A torcida. Que emoção ver tantos braços estendidos, tantos rostos em lágrimas, tantas bocas gritando “Vai Corinthians!”.
Mérito de quem batalhou, soube correr atrás do sonho sem torná-lo uma obsessão avassaladora. Méritos de uma equipe baseada no convívio familiar e amigável, sem estrelismo, sem particularidades. Méritos de uma diretoria que não dispensou o técnico quando todos pressionaram pela sua saída. Méritos de um homem ou mulher com mais de 60 anos que foi ao estádio torcer e vibrar. Méritos de jovens que ajoelharam e desabaram em meio aos prantos, estendendo as mãos aos céus...enfim, a Libertadores!
E até mesmo aqueles que já se foram e esperaram por este dia enquanto vivos estavam vendo ali de cima. Há alguns anos atrás, em minha infância, Marcos (do Palmeiras) pegava um pênalti e eu, entendendo-me como ‘sofredora’ rezei, e me tornava uma verdadeira corinthiana...hoje, sou campeã. Eu e mais 30 milhões de loucos da nação.

Parabéns Corinthians! 

Divulgação

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