O que significa a morte de Osama Bin Laden?

Na madrugada desta segunda (02/05), noite do dia 1º de maio nos EUA, o governo americano anunciou a morte do principal terrorista da Al-Qaeda, Osama Bin Laden de 54 anos. O inimigo número 1 do 'mundo' foi pego em sua mansão no Paquistão. O presidente Barack Obama fez um pronunciamento de forma séria e ao meu ver até cruel. Mas o que significa realmente a morte de Osama? Duas coisas: a reeleição de Obama e um ciclo de ódio e violência sem fim. 

Lembraremos durante meses deste dia e até mesmo no ano que vem, quando o primeiro presidente americano negro recontar em sua campanha sobre o sucesso da caçada que começou com Bush. Certamente que a oposição ficou contente, assim como o prórpio Bush e toda a população, mas não estarão mais quando disputarem novamente as eleições. 

Obama chegou a afirmar que o mundo está mais seguro agora, enquanto o diretor da CIA, Leon Panetta, disse que certamente a Al-Qaeda vai revidar. Contraditório demais. A verdade é que muitas pessoas ainda duvidam da morte do terrorista, afinal quais são as provas? Ninguém viu o corpo, ninguém viu a base dos exames de DNA, ninguem viu nada. Jogada política? Aonde isto os levaria? Se Osama estivesse vivo neste momento, os grupos terroristas admitiriam ao mundo? Claro que não. É muito mais fácil fazer as coisas quando todos pensam que você morreu - com exceção dos políticos americanos. 

É extremamente inocente e ingênuo da parte dos governos mundiais quererem afirmar à sua população que tudo está bem, mais em paz e mais seguro. Não! Bin Laden não era o cabeça e nem o líder da Al-Qaeda como pensam, mas alguém com funções importantes dentro do grupo. Em outras palavras, a morte dele abala, porém não desestrutura, e logo teremos a revanche da revanche. Ao contrário do que muitos dizem, os terroristas não vão bolar um plano grande para se vingarem nas próximas semanas ou meses, isto requer tempo e planejamento - como o de Osama nos ataques as torres gêmeas, que apesar de tudo não atingiram o todo o objetivo, a Casa Branca.

É bem possível que a Al-Qaeda e outros grupos terroristas se concentrem em grandes eventos, sejam eles quais forem. Então, olhos abertos para a Copa do Mundo (aqui no Brasil, éééééé), para as Olimpíadas ou reuniões mundiais políticas. A vingança pela morte daquele homem que eles consideram um santo árabe virá ao longo dos anos, sendo os primeiros alvos o Paquistão e os EUA. E lógico, aonde houver falhas de segurança e onde são menos esperados. 

Osama Bin Laden não era o cérebro do grupo terrorista, nem de perto. Este cérebro está vivo e é o dono do nosso mundo, o cérebro que matou 3 mil pessoas no 11 de setembro, o cérebro que tomou todas as decisões do plano louco de Osama e que o criou ... se chama Estados Unidos da América. E eles comemoram e gritam, patriotas amantes de uma terra que o preconceito racial tem poder soberano, agindo como se fossem os únicos vitimados que podem trazer a paz mundial, clamando alegremente pela morte daquele homem que colocou todo o seu orgulhoso poder abaixo. E assim a vingança, o ódio e a morte andam de mãos dadas contabilizando quantos vem e quantos vão em nome de uma paz falsa e meramente superficial.