Wimax é o futuro da rede de internet sem fio e a solução da exclusão digital

sexta-feira, 9 de abril de 2010


Apesar dos benefícios, a nova tecnologia encontra dificuldades para ser implementada no Brasil

Não faz muito tempo que as redes de internet sem fio móvel, Wi-fi, surgiram no mundo e já é hora de implementar o Wimax. Para quem não esta por dentro do assunto, isso funciona da seguinte forma: antenas construídas em determinados locais irradiam sinais que são detectados pelos aparelhos com suporte para essa tecnologia e assim tendo acesso a internet.

A diferença básica entre o Wi-fi e o Wimax é a distância e a velocidade. Enquanto o primeiro tem um alcance de apenas 150 metros e a taxa de transferência de banda larga é de 54Mbps, o segundo possui um raio de 70 quilômetros e 124Mbps.

“Com uma única antena, é possível cobrir cidades inteiras. Além disso, dependendo de sua versão, dá para continuar conectado mesmo dentro de um carro em movimento ou um trêm, por exemplo. É uma tecnologia bastante indicada para levar a internet a áreas remotas” afirma Débora Fortes, diretora de redação da INFO.

O Wimax chegou como uma inovação na tecnologia e já existem mais de 555 implementações desse sistema em 147 países, inclusive o Brasil, que cobrem uma área de cerca de 628 milhões de pessoas em todo o mundo. A sua rede de cobertura é parecida com a rede de celulares e irá diminuir os custos de conexão com a internet, além das indústrias se mostrarem cada vez mais engajadas nesse recurso tecnológico.

Wimax x 3G

Algumas desvantagens ainda formam um bloqueio para a chegada definitiva do Wimax. “O principal desafio hoje está na questão dos preços. Numa ponta da rede, os equipamentos são muito caros e na outra os computadores não tem interface Wi-Fi. Apesar dos esforços da Intel, que é a grande evangelizadora do WiMAX, a interface não pegou. A Intel previa que o WiMAX viria embutido nos chips até 2009, o que não aconteceu” explica Débora.

Apesar da cobertura 3G ser maior e estar espalhada pelo país, não funciona do mesmo jeito e nem com a mesma eficiência do Wimax. “O 3G é uma conexão que depende da rede de celulares instaladas nas cidades. No interior ela praticamente não existe. Já o Wimax é mais viável, mais rápida e com maior alcance” conta o estudante de sistemas de informação Caio Fernando Nunes Casemiro.

Portanto, o investimento realizado pelas empresas de tecnologia continua crescente, com testes sendo feitos e elaborados não só em capitais, mas também no interior dos estados brasileiros, como em Ouro Preto (MG), Mangaratiba (RJ), Parintins(AM).

Em 2006, por exemplo, a Motorola já havia anunciado em um evento que tinha planos de vender massivamente uma infra-estrutura para a construção de redes Wimax no Brasil e comercializar celulares compatíveis com a rede. Em 2008, a Embratel fez um investimento de 175 milhões de reais na nova tecnologia em Brasília.

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