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Um blog dedicado à informação, diversão, entretenimento e as histórias do dia a dia vividas por mim.
PRECISO DE VC
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Alessandra Sabbag
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21:47
domingo, 28 de fevereiro de 2010
O sorriso brotou do meu rosto
E fez pular um coração
O tempo cobriu meu desgosto
E fez surgir uma paixão
E o que sinto agora
Se espalha pelo vento
E por mais ou menos hora
Faz nascer de mim o sentimento
O objetivo de palavras que estão no ar,
Nesse poema tão distinto,
Por enquanto é demonstrar
Apenas o que eu sinto
Se fecho meus olhos
É a sua voz que eu escuto
E os meus pensamentos
Estão em você a todo minuto
O que me faz pulsar
Também me faz escrever
E nem sequer posso pensar
Na dor de te esquecer
Preciso de você...
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Mídias Sociais: a interatividade digital é o novo poder
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Alessandra Sabbag
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20:00
Orkut, Twitter, Blogs – instantaneidade e rapidez estão nas mãos dos internautas e do marketing das empresas
Por Alessandra Sabbag
Até pouco tempo atrás muitas pessoas não sabiam dizer o que eram as redes sociais e vários estudiosos elaboravam teorias para as diversas mídias, procurando ver como e de quais formas eram usadas. Hoje, mais popularizadas e unidas, as mídias sociais deixam para trás a imagem de “inutilidade” para ganhar força e seriedade na transmissão de idéias e informações.
Através do Twitter, Orkut, Faceboock, Youtube, Blogs em geral, é possível falar para todos em qualquer lugar, em pouco tempo e ainda permitem a interatividade entre os usuários. “Essa é a premissa das mídias sociais, que dão voz ao povo, democratizam a informação, transformam meros espectadores desconhecidos em criadores e redefinem o conceito do amadorismo” afirma Ricardo de Paula, 28, que trabalha com marketing digital e social media dando consultorias para empresas.
Uma pesquisa feita pelo IBOPE em junho de 2008 apontou que o impacto causado por propagandas feitas em blogs é 500 vezes maior do que no próprio site da fabricante. É por essas e outras que as empresas estão procurando pessoas que saibam fazer marketing utilizando as mídias sociais e suas ferramentas, ou seja, campanhas digitais.
Ricardo conta que as ações geradas pelo marketing são complementadas com as ações geradas pelos usuários e não são interrompidas. “O investimento em mídias sociais representou um crescimento de 18% em um período de 12 meses. Já as empresas que investiram menos ou se mostraram pouco engajadas tiveram uma queda de 6% no mesmo período”, completou.
Informação e novos relacionamentos
Não é só de vendas e consumos que vivem nas redes sociais. De acordo com a In Press Porter Novelli e a empresa de análise de mídia E.Life, 69% dos internautas acessam o Twitter para ler noticias e 64,3% o usam para divulgação de conteúdo. A praticidade e instantaneidade que as novas ferramentas permitem uma maior circulação de informações, mais rápida e ágil. A primeira vez que divulgaram a morte do cantor Michael Jackson, foi no Twitter.
No meio de tantas coisas, onde tudo começou com a história de manter os contatos, novos relacionamentos se formam através dessas mídias. Seja por meio de uma comunidade em comum, um recado, um diálogo, que logo se tornam um encontro e talvez uma amizade ou amor que dure para o resto da vida.
Juliana Tais da Fonseca, 22, bartender, namora há três anos com um rapaz que conheceu através do Orkut. “Ele pesquisou o nome Juliana e me achou em uma comunidade de patins que tínhamos em comum”, disse. Na opinião dela, se os dois combinam tem tudo para dar certo. “Pela internet você vê a foto, conversa. Já da pra saber um pouco sobre a pessoa, ter uma noção e tem mais disponibilidade para conversar”, completou. O casal mora junto há dois anos.
A maioria dos internautas que possuem perfis na rede tem entre 19 e 25 anos de idade. Mais da metade dos usuários possuem nível superior completo ou pós-graduação e a renda média fica em torno dos 4.000 mil reais. Os estudos revelaram também que apesar do crescimento dessas novas mídias, as tradicionais não foram deixadas de lado. 85% das pessoas continuam assistindo TV, 77% lêem jornais, 74% lêem revistas e 72% ouvem rádio.
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Harry Potter x Crepúsculo
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Alessandra Sabbag
às
15:07
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Essa discussão vem sendo feita há muito tempo. Quem é melhor : J.K. Rowling ou Stephenie Meyer? É preciso citar vários e vários pontos para se chegar a uma conclusão. Primeiramente, a maioria afirma que são histórias diferentes, coisas diferentes, tipos diferentes. Apesar de ser verdade, tanto Harry Potter quanto Crepúsculo estão dentro do mesmo gênero literário: ficção. E coincidentemente ambos são totalmente irreais, surreais, imaginários. Não adianta sonhar acordada que é perda de tempo. Em minha singela opinião, a saga de magias escrita por Rowling é infinitamente melhor do que a história melo-romantica de Meyer. Porque?
Bom, Harry Potter é uma série voltada tanto para meninos quanto para meninas e que fez história, literalmente. História no sentido de durar mais de 10 anos como livro (e como filme) sem deixar ser entitulado de "a febre do momento". Potter não é uma saga para ser esquecida. Os sete volumes da trama marcaram uma geração inteira que acompanha as aventuras do bruxo desde a infância até a fase adulta (alguns fãs hoje tem 25 anos de idade!). É algo que marca a história do cinema, não tanto como Titanic e Avatar, mas com certeza mais do que Crepúsculo. J.K. Rowling é também melhor escritora do que Stephenie, isso é visível pelas palavras e pelo enredo criativo que a autora usa e abusa.
Os quatro livros e filmes da saga Twilight são o que citei ali em cima, a febre do momento. Uma hora vai passar e será "esquecido". O vampiro-príncipe Edward, que se apaixona pela humana, mortal e atrapalhada Bella, que tem um amigo super musculoso e lobisomem Jacob, é uma história para adolescentes. Um verdadeiro conto de fadas que as meninas sonham em ter e tornar realidade. Meyer parece uma mulher adulta que não largou a meninice de outra época para escrever Crepúsculo. Usa uma linguagem simples e não há mistério no enredo. Ela não tem o dom de criar suspense e nem aquele frio na barriga.
Mesmo sendo assim, é inadmissível pessoas sairem falando por ai que ela não é boa. Só precisa de mais amadurecimento e saber conquistar a todos os tipos de leitores. Também não é preciso ter sangue, violência ou luta, basta ter uma "pitadinha" de emoção. Seja como for, eu amo Harry Potter e adoro Crepúsculo e se fosse vc, leria os dois.
Bom, Harry Potter é uma série voltada tanto para meninos quanto para meninas e que fez história, literalmente. História no sentido de durar mais de 10 anos como livro (e como filme) sem deixar ser entitulado de "a febre do momento". Potter não é uma saga para ser esquecida. Os sete volumes da trama marcaram uma geração inteira que acompanha as aventuras do bruxo desde a infância até a fase adulta (alguns fãs hoje tem 25 anos de idade!). É algo que marca a história do cinema, não tanto como Titanic e Avatar, mas com certeza mais do que Crepúsculo. J.K. Rowling é também melhor escritora do que Stephenie, isso é visível pelas palavras e pelo enredo criativo que a autora usa e abusa.
Os quatro livros e filmes da saga Twilight são o que citei ali em cima, a febre do momento. Uma hora vai passar e será "esquecido". O vampiro-príncipe Edward, que se apaixona pela humana, mortal e atrapalhada Bella, que tem um amigo super musculoso e lobisomem Jacob, é uma história para adolescentes. Um verdadeiro conto de fadas que as meninas sonham em ter e tornar realidade. Meyer parece uma mulher adulta que não largou a meninice de outra época para escrever Crepúsculo. Usa uma linguagem simples e não há mistério no enredo. Ela não tem o dom de criar suspense e nem aquele frio na barriga.
Mesmo sendo assim, é inadmissível pessoas sairem falando por ai que ela não é boa. Só precisa de mais amadurecimento e saber conquistar a todos os tipos de leitores. Também não é preciso ter sangue, violência ou luta, basta ter uma "pitadinha" de emoção. Seja como for, eu amo Harry Potter e adoro Crepúsculo e se fosse vc, leria os dois.
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Ao Chile
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Alessandra Sabbag
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14:56
Devido aos acontecimentos desta madrugada no Chile, resolvi fazer um post rápido a respeito deste assunto. Preciso desabafar aqui que estou muito comovida com o que houve em todos os países e locais que o terremoto passou, devastou ou matou alguém. Confesso também estar preocupada caso essa tsunami que se forma no oceano Pacífico venha a atingir qualquer ponto próximo dele neste planeta. As pessoas entram em pânico e várias cidades do litoral estão sendo evacuadas/abandonadas pelo medo da população simplesmente desaparecer com a onda gigante. Mas muitos não vão ter saída diante desta catástrofe. O Japão é um desses casos. O que acontecerá com aquele país tão pequeno perto do Brasil se a tsunami chegar até ele? Talvez não exista mais Japão. Posso estar exagerando, mas é apenas uma forma de entender a dimensão do problema. Entrar em pânico agora não é a melhor solução. Mas onde está a solução?
Vamos ajudar quem conseguirmos e pedir a Deus que isso só deva acontecer com quem realmente necessita passar pela situação.
Vamos ajudar quem conseguirmos e pedir a Deus que isso só deva acontecer com quem realmente necessita passar pela situação.
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Carta de um Anjo
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Alessandra Sabbag
às
12:43
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Me dissestes que eu estava triste
Mas não estava
Me dissestes que eu estava feliz
E te acariciava
Me dissestes que conta comigo
E eu te amava
Me dissestes que me ama
E eu te conforto
Me dissestes que o mundo roda
E eu te seguro
Me dissestes que Nele crê
E eu te admiro
Me dissestes que és um ninho
E eu reafirmo
És meu ninho de amor e felicidade
Seja bem feliz
Eu te abençôo aqui do alto
Segue o teu caminho sem hesitar
Eu te protejo aqui do alto
Sigas falando e escrevendo
Eu te observo aqui em paz
Sejas paciente e sobretudo
Creia em Deus para te amparar
Seu amigo,
José Armando
Mas não estava
Me dissestes que eu estava feliz
E te acariciava
Me dissestes que conta comigo
E eu te amava
Me dissestes que me ama
E eu te conforto
Me dissestes que o mundo roda
E eu te seguro
Me dissestes que Nele crê
E eu te admiro
Me dissestes que és um ninho
E eu reafirmo
És meu ninho de amor e felicidade
Seja bem feliz
Eu te abençôo aqui do alto
Segue o teu caminho sem hesitar
Eu te protejo aqui do alto
Sigas falando e escrevendo
Eu te observo aqui em paz
Sejas paciente e sobretudo
Creia em Deus para te amparar
Seu amigo,
José Armando
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Corinthians x Racing (Uruguai)
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Alessandra Sabbag
às
11:55
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Ontem, no Pacaembu, o Corinthians venceu o Racing do Uruguai por 2 a 1. O time alvinegro saiu perdendo logo no início do jogo, mas ainda no primeiro tempo o volante Elias empatou. Sem uma brilhante participação de Ronaldo e companhia, tudo foi no sufoco que o corinthiano está acostumado. Mesmo quando o nervosismo e a preocupação de um empate, logo na estréia e em casa contra um adversário razoável, começava a tomar conta dos jogadores e da torcida, a expectativa da virada se tornava ainda maior. E foi no segundo tempo, com uma jogada similar a que resultou no primeiro gol, que Elias mais uma vez aparece e marca o segundo para a equipe alvinegra. O Pacaembu e a casa de muitos corinthianos veio abaixo. Aliás, a torcida que lotou o estádio Paulo Machado de Carvalho não parou um só momento de incentivar o time, que após a virada pressionou os uruguaios até o fim, com chances de aumentar o placar. O Racing ainda teve Flores expulso depois de levar o segundo cartão amarelo por uma falta cometida em Elias. Para o delírio da nação corinthiana, Ronaldo fez belos dribles. Ontem foi apenas a estréia do Timão na Copa Libertadores em busca do seu primeiro título na competição...a primeira partida de muitas emoções e sufocos para a torcida alvinegra.
Opinião/Comentário:
Nome do jogo: Elias Torcida: nota 10 para animação, empolgação, apoio e incentivo.
Ronaldo: não jogou muito, esperava mais. Mas teve seus momentos...é Ronaldo.
Equipe em campo (no geral): tem que treinar muito se quiser chegar a final. Ainda falta a sincronia de alguns jogadores com a competição. Insistiram muito em jogadas pelo meio (que resultaram nos dois gols, por "sorte") quando as laterais estavam livres com Alessandro e Roberto Carlos sempre abertos, cruzando e dando passes sem maiores problemas.
Mano Menezes: só porque foi o primeiro jogo, não vou pegar leve, mas me irritava ver ele sentado no banco como se estivesse ganhando, quando o jogo estava só empatado.
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Futebol
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SP abandonada
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Alessandra Sabbag
às
14:39
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Todos estamos cansados de saber o quanto São Paulo é caótica. Mas ela não seria isso se alguns cuidados fossem tomados. Por exemplo, hoje mesmo está no G1 uma notícia sobre os entulhos jogados na cidade e informa os locais que a Prefeitura reserva especialmente para esses materiais. Bem, aqui cabe alguns pontos paralelos. Primeiramente, aonde o lixo dos Ecopontos são descartados? Ficam ali para sempre? E a Prefeitura ainda tem orgulho de dizer que quem for pego jogando os entulhos na rua levará uma multa de 500 reais. Sei que 500 faz falta para muita gente, mas perto do que estao fazendo a nossa cidade e estragando a qualidade de vida que podemos ter nela, isso é "extremamente muito pouco"! Quando se trata de coisas realmente importantes, as multas aplicadas são baixas demais. Porém, quando se trata de salário mais alto aos nossos amados políticos o assunto é bem diferente. Falando em político, Kassab está sendo investigado, pode ter mandato caçado, mas ainda tem muita coisa pra acontecer. Esse fato só veio a ocorrer pq alguém tinha interesse (fato). Mas independendo disso e das investigações, só uma coisa é certa: a grande São Paulo está, mais uma vez, abandonada. Com seus entulhos, enchentes, trânsito, radiações ultravioletas fortes, caos. É o que sobra para esta cidade que já foi muito amada por todos e que hoje, desejam desesperadamente, fugir dela.
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São Paulo
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Para início de conversa...
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Alessandra Sabbag
às
15:51
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Primeira vez que posto e não faço idéia do que falar. Neste momento estou um pouco ocupada, então por isso, vou colocar aqui um texto que escrevi já faz um certo tempo. É longo, mas vale a pena (espero).
Certo dia fazia muito frio. Lá fora nevava, as ruas estavam escorregadias e cobertas por camadas de gelo. O vidro do meu quarto pingava como se estivesse chovendo lá fora, mas não estava. Não ainda. Ouvia música enquanto escrevia pensamentos em um caderno qualquer e me deixei levar pelo impulso de cada som dos instrumentos que compunham o ritmo daquela música. Ora eram músicas agitadas, ora calmas. O edredom me esquentava do frio e ali no meu cantinho eu voava com as palavras. Fechei o caderno, larguei a caneta e permiti ao meu olhar mergulhar no branco da neve que voltava a cair. Parei na janela e de lá de cima fiquei observando o movimento da rua...completamente vazia. Começou a chover uma chuva leve, fraca, típica de um inverno rigoroso. Já havia desistido de escrever, não conseguia achar inspiração nem na música que tocava. Continuei a observar e vi do outro lado alguém, um garoto que talvez já conhecesse, mas ainda não sabia quem era exatamente. Me observava da janela e me olhava de uma forma até constrangedora. Aqueles olhos se fixaram em mim (ou talvez já estivessem ali há muito tempo) de tal forma que nunca havia visto até então. Ele usava uma camisa azul escura e apoiava-se com os dois braços no parapeito da janela, enquanto contorcia os
lábios, como se quisesse me dizer alguma coisa. Ficamos os dois parados por alguns minutos mais, passei a analisá-lo mais e constatei que ele era meu vizinho há seis anos. Poucas vezes havia falado com ele. Talvez quase nunca. Eu não era do tipo de garota que se abria, eu nem tinha muitos amigos, assim como ele. Meu vizinho não saia de casa, pelo menos eu nunca tinha o visto na rua com os amigos e colegas, assim como eu. Não éramos os mais sociáveis dentro das
nossas rodas de relacionamento. Comecei a notar que tínhamos muito em comum, de fato. Comecei a contorcer meus lábios também, e nem sabia por que fazia isso. Em certo momento ele se cansou, virou de costas, parecia estar pensando... Não
consegui ver seu rosto nem o que fez quando mergulhou na escuridão do quarto, mas poucos segundos depois ele estava abrindo a porta de sua casa, saindo com um casaco preto e um tênis branco. Parou no meio da rua e me olhou novamente. Parecia sem graça e sem jeito. Ficou ali me encarando até que eu tomei a coragem de descer. Sabia que o assunto a ser
tratado era comigo. Meio sem fôlego e ansiosa, peguei também um casaco qualquer, penteei o cabelo todo bagunçado e desci as escadas, também pensativa. Abri a porta de casa lentamente e logo encontrei os seus olhos novamente.
Olhamos para o chão instintivamente. Parei na sua frente e ficamos um tempo nos olhando sem dizer uma palavra, apenas sorrindo, pra variar, sem graça. Achei que era hora de largar minha timidez e peguei levemente em sua mão. Começamos a andar em uma direção qualquer, ele parecia não saber onde estava, então o guiei com a minha pouca experiência. Nem havíamos chegado às montanhas (aquelas que só víamos no horizonte das janelas de nossos quartos) quando começou a chover forte. Mas não nos importamos com isso, nossas mãos estavam entrelaçadas, suadas, escorregadias... Não sei se pela chuva ou pelo nervosismo. Nenhum de nós sabia onde aquilo iria dar e muito menos o fim que teria. Era exatamente isso que temíamos. Paramos debaixo de uma árvore, já ensopados, e as gotas de suor
se misturavam na minha pele com as gotas de chuva que escorriam no meu corpo todo. Encostei-me ao tronco e ficamos um de frente para o outro... Olhamos-nos (mais uma vez) e então nos beijamos. Não sei quem tomou essa iniciativa, mas tive certeza que nós dois pensamos que essa era à hora certa. Foi sem pensar, sem refletir no que estava em jogo... E foi como num passo de mágica, a chuva havia parado, a neve deixou de cair pouco depois... As plantas estavam com um verde vivo e o sol apareceu entre as nuvens que se desfaziam rapidamente no céu. Logo nos iluminou e nossos corpos mesmo depois de
quentes não deixaram se afastar. Ele me apertou contra o seu peito e eu avancei ainda mais na sua boca, beijando-o fortemente, passando as mãos nos seus cabelos e sentindo o coração pulsar cada vez mais. Sua boca se encaixava
perfeitamente com a minha. Quando nos separamos, pude sentir sua respiração se afastar...Nos encaramos e começamos a rir. Voltando para casa, tinha a certeza que havia encontrado o homem que procurava. Aquele que me fazia feliz e que me aceitava do jeito que sou... Sem dizer uma palavra, me conquistou. Logo que cheguei, corri para o quarto e me posicionei em frente à janela. Sabia que a qualquer momento ele estaria ali novamente e não demorou muito, lá estava ele, sorrindo. Ele havia desenhado um coração com a pontinha do dedo no vidro do quarto dele. E eu não me canso de ver esses olhos, de ver esse sorriso e esse coração da janela... porque eu faria tudo para tê-los para o resto de minha vida.
Certo dia fazia muito frio. Lá fora nevava, as ruas estavam escorregadias e cobertas por camadas de gelo. O vidro do meu quarto pingava como se estivesse chovendo lá fora, mas não estava. Não ainda. Ouvia música enquanto escrevia pensamentos em um caderno qualquer e me deixei levar pelo impulso de cada som dos instrumentos que compunham o ritmo daquela música. Ora eram músicas agitadas, ora calmas. O edredom me esquentava do frio e ali no meu cantinho eu voava com as palavras. Fechei o caderno, larguei a caneta e permiti ao meu olhar mergulhar no branco da neve que voltava a cair. Parei na janela e de lá de cima fiquei observando o movimento da rua...completamente vazia. Começou a chover uma chuva leve, fraca, típica de um inverno rigoroso. Já havia desistido de escrever, não conseguia achar inspiração nem na música que tocava. Continuei a observar e vi do outro lado alguém, um garoto que talvez já conhecesse, mas ainda não sabia quem era exatamente. Me observava da janela e me olhava de uma forma até constrangedora. Aqueles olhos se fixaram em mim (ou talvez já estivessem ali há muito tempo) de tal forma que nunca havia visto até então. Ele usava uma camisa azul escura e apoiava-se com os dois braços no parapeito da janela, enquanto contorcia os
lábios, como se quisesse me dizer alguma coisa. Ficamos os dois parados por alguns minutos mais, passei a analisá-lo mais e constatei que ele era meu vizinho há seis anos. Poucas vezes havia falado com ele. Talvez quase nunca. Eu não era do tipo de garota que se abria, eu nem tinha muitos amigos, assim como ele. Meu vizinho não saia de casa, pelo menos eu nunca tinha o visto na rua com os amigos e colegas, assim como eu. Não éramos os mais sociáveis dentro das
nossas rodas de relacionamento. Comecei a notar que tínhamos muito em comum, de fato. Comecei a contorcer meus lábios também, e nem sabia por que fazia isso. Em certo momento ele se cansou, virou de costas, parecia estar pensando... Não
consegui ver seu rosto nem o que fez quando mergulhou na escuridão do quarto, mas poucos segundos depois ele estava abrindo a porta de sua casa, saindo com um casaco preto e um tênis branco. Parou no meio da rua e me olhou novamente. Parecia sem graça e sem jeito. Ficou ali me encarando até que eu tomei a coragem de descer. Sabia que o assunto a ser
tratado era comigo. Meio sem fôlego e ansiosa, peguei também um casaco qualquer, penteei o cabelo todo bagunçado e desci as escadas, também pensativa. Abri a porta de casa lentamente e logo encontrei os seus olhos novamente.
Olhamos para o chão instintivamente. Parei na sua frente e ficamos um tempo nos olhando sem dizer uma palavra, apenas sorrindo, pra variar, sem graça. Achei que era hora de largar minha timidez e peguei levemente em sua mão. Começamos a andar em uma direção qualquer, ele parecia não saber onde estava, então o guiei com a minha pouca experiência. Nem havíamos chegado às montanhas (aquelas que só víamos no horizonte das janelas de nossos quartos) quando começou a chover forte. Mas não nos importamos com isso, nossas mãos estavam entrelaçadas, suadas, escorregadias... Não sei se pela chuva ou pelo nervosismo. Nenhum de nós sabia onde aquilo iria dar e muito menos o fim que teria. Era exatamente isso que temíamos. Paramos debaixo de uma árvore, já ensopados, e as gotas de suor
se misturavam na minha pele com as gotas de chuva que escorriam no meu corpo todo. Encostei-me ao tronco e ficamos um de frente para o outro... Olhamos-nos (mais uma vez) e então nos beijamos. Não sei quem tomou essa iniciativa, mas tive certeza que nós dois pensamos que essa era à hora certa. Foi sem pensar, sem refletir no que estava em jogo... E foi como num passo de mágica, a chuva havia parado, a neve deixou de cair pouco depois... As plantas estavam com um verde vivo e o sol apareceu entre as nuvens que se desfaziam rapidamente no céu. Logo nos iluminou e nossos corpos mesmo depois de
quentes não deixaram se afastar. Ele me apertou contra o seu peito e eu avancei ainda mais na sua boca, beijando-o fortemente, passando as mãos nos seus cabelos e sentindo o coração pulsar cada vez mais. Sua boca se encaixava
perfeitamente com a minha. Quando nos separamos, pude sentir sua respiração se afastar...Nos encaramos e começamos a rir. Voltando para casa, tinha a certeza que havia encontrado o homem que procurava. Aquele que me fazia feliz e que me aceitava do jeito que sou... Sem dizer uma palavra, me conquistou. Logo que cheguei, corri para o quarto e me posicionei em frente à janela. Sabia que a qualquer momento ele estaria ali novamente e não demorou muito, lá estava ele, sorrindo. Ele havia desenhado um coração com a pontinha do dedo no vidro do quarto dele. E eu não me canso de ver esses olhos, de ver esse sorriso e esse coração da janela... porque eu faria tudo para tê-los para o resto de minha vida.
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