Como a terceira idade tem buscado e progredido com as redes sociais
Idosos se distraem e se divertem na internet |
O seu avô ou a sua avó, ou um parente com mais de 50, 55 anos de idade, tem Facebook? Pois é. Definitivamente as redes sociais não são mais um mistério para os idosos. Eles já aprenderam a desvendar esse mundo ainda que de forma mais lenta, mas nem por isso menos interessante do que os jovens. Há algum tempo, entender o “virtual” era uma coisa complicada para quem não poderia nem ter um telefone em casa quando criança. O 'inesgotável' número de opções de contatos que eles conheciam era o do dia a dia, os vizinhos, os amigos, a escola. E foi essa fome de resgatar as antigas amizades e dos parentes distantes que levaram os ‘velhinhos’ a mergulharem nas redes sociais.
Segundo Javier Olivan, vice-presidente
de crescimento do Facebook, aqui no Brasil há 61 milhões de usuários
conectados, dos quais 30 milhões aderiram a rede somente no último ano. Desse
número, 26% tem mais de 55 anos de acordo com as pesquisas mais recentes.
Praticar atividades físicas, boa alimentação, cuidar da saúde do corpo são as
recomendações médicas fundamentais na terceira idade. Mas exercitar o cérebro,
estimular encontros e reencontros com pessoas queridas tem feito com que muitos
deles aprendam a usar um computador. Um mundo novo para gente mais velha.
Até mesmo as empresas já perceberam
esse nicho de pessoas e tem investido pesado para conquistá-lo como clientes.
As agências de viagens e academias são um exemplo. Com o aumento no número de
idosos que viajam em grupo e fazem atividade física, elas têm conseguido fazer
um bom trabalho nas mídias sociais divulgando e produzindo conteúdo focado nas
necessidades e interesses da terceira idade.
Vovôs e vovós provaram que as mídias
sociais não são apenas para jovens, sem importância, que perdem
horas na frente de uma tela. Eles viram nelas uma ferramenta de informação,
diversão e integração, que tem proporcionado uma enorme mudança no
comportamento entre as duas gerações, que acabam falando “a mesma língua”. Além
disso, esse uso constante tem ajudado os idosos em outros quesitos como
depressão e solidão.
Fazer e manter amizades e os desafios encontrados, como as
atualizações constantes desses sites, exercitam o cérebro para que estejam
sempre sintonizados com o mundo virtual. Alexandre Fortini, médico geriatra,
diz que as mídias sociais beneficiam a saúde mental e criam um suporte durante
as suas perdas. “A terceira idade é um período onde você perde amigos e
familiares. Ter amigos ajuda a encarar e aceitar melhor essas perdas.",
afirma.
Licinia Vaz Fernandes, 59 anos, se diverte no Facebook e no Orkut. “Como sempre fui de manter amizades, tenho com quem conversar. Poder ligar para um amigo ou entrar no MSN para bater-papo é muito bom, principalmente quando temos alguns problemas e precisamos de ajuda sem envolver a família em tudo. Eu também aconselho muito meus amigos, ajudo mesmo", contou.
E que sejam todos bem vindos.
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