Crítica: Amanhecer - Parte 2

domingo, 18 de novembro de 2012

Todo mundo diz, quando se refere a uma pessoa, que "bonitinho" é um feio arrumado. Pois bem, com Amanhecer - Parte 2 não é diferente. O último longa da febre mundial das adolescentes, Crepúsculo, conta a história (finalmente) de Bella como vampira. Os efeitos de som e imagem para explicar como a personagem vê o mundo agora sobre uma nova perspectiva é magnífico. Porém, os outros efeitos, como os de correr por exemplo, são dignos de um troféu de novela das oito. 
Bem, durante todo esse tempo fiquei me perguntando como o diretor e a produção do filme fariam para ter alguma emoção, já que no livro não há lutas, apenas um embate filosófico bem chato de acompanhar. Eles deram um jeito nisso (não vou dar spoiler aqui no blog) até que de uma forma interessante, que engana o público e que os fãs chegam a pensar que fizeram uma verdadeira lambança. Mas já que é uma farsa, não há com o que se preocupar mesmo. 
Aqui vemos uma Bella muito mais madura, crescida, protetora, mãe. A personagem, antes ingênua até certo ponto, atrapalhada e estabanada, dá lugar a uma mulher bem mais arrumada, bonita, extremamente forte e determinada. Porém, Kristen Stewart continua com suas mesmas caras e bocas do primeiro filme. Isso se refere também a Robert Pattinson, totalmente sem alteração. O único que realmente se mostrou diferente dentro desses quatro anos que se passaram ao longo da saga é Taylor Lautner
O menino lobo já não existe e em seu lugar há um homem feito, literalmente. Ele cresceu, deixou o ar inocente e rebelde de Jacob e incorporou um homem, um verdadeiro líder de matilha. É completamente outro, tanto como personagem ou como ator. Nota-se a mudança nas suas entrevistas dos últimos tempos. Aliás, a melhor cena é a dele (se preparem meninas porque é um show!), supera inclusive as imagens de luta e tudo mais. 
Em contra partida, o que ver em Renesmee (Mackenzie Foy)? Nada. Sinceramente, esperava mais para a pequena criança que foi o principal motivo de todo o enredo, mas seu papel é secundário e em grande parte das cenas a menina apenas aparece sem sequer ter uma fala. No máximo, um toque no rosto. Isto foi o maior pecado. 
Para dar um complemento a tudo que faltou na saga Crepúsculo até aqui, tentaram dar uma apimentada no relacionamento de Edward e Bella, mas foram pinceladas superficiais que não acrescentaram nada a história. O que ficou claro (em minha nada humilde opinião) é que não havia necessidade alguma de um segundo longa. Uma jogada de marketing para se obter mais lucros, é verdade, mas nunca vista de forma tão "escancarada". Há filmes sim que precisam de um "Parte 2", mas com certeza não é o caso do "bonitinho" Amanhecer.



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