Crítica: O resgate do tigre

quinta-feira, 25 de abril de 2013


Decidi sim dar uma segunda chance para Collen Houck mostrar que é uma boa autora e esquecer aquela mela-mela Crepuscular que ela fez no primeiro volume da saga. O resultado é que O Resgate do Tigre saiu até melhor do que parecia. Houck continua insistindo no romance mas desta vez conseguiu dar um pouco mais de ação na sua história. 
No início ainda achei que iria continuar aquele clichê dos contos de fadas de que, a mocinha simplória e recatada é disputada por dois - ou mais - corações guerreiros que ficam perdidamente apaixonados por ela. Porém, há de se notar uma ligeira e boa evolução. Kelsey, neste segundo volume, é "obrigada" a conviver mais com Kishan para, além de continuar na busca pela quebra da maldição, resgatar Ren, capturado por Lokesh
A partir deste instante é que o enredo fica interessante e com mais movimento. Apesar de utilizar um ritmo mais calmo em algumas páginas, a aventura foi prolongada por muito mais tempo, com novas fantasias, novos poderes, novos mundos a serem desvendados. E finalmente Kelsey se torna mais participativa na investigação sobre a maldição através de suas pesquisas e da própria faculdade.
Collen descreve as cenas de forma clara e objetiva, o que permite a mente vagar por cada cantinho daquele universo, inclusive, da primeira e mais nítida aparição do vilão, fazendo referências há várias outras obras literárias (desde Shakespeare a Harry Potter) para causar o impacto daquela maldade. Essa mistura deu um bom resultado, um resultado convincente. Isto é, claro, contando ainda com as partes em que Ren parece "danificado" - para não contar um grande spoiler para quem não leu. 
É neste livro também que você vai odiar ou amar Kishan por tudo o que ele faz, por tudo o que pensa e pelos modos como age. Ele é o ponto central do que pode acontecer e mostra até então desconhecido, um lado atirado, ousado, porém comedido, responsável, respeitador.
Tirem suas próprias conclusões leitores! Ainda tem muita gente dividida nesta saga, mas não adianta parar no primeiro livro, é preciso arriscar. Há o que melhorar - e muito - mas o caminho parece ficar cada vez mais nítido. Vamos torcer. 


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