Crítica: O Lado Bom da Vida

segunda-feira, 1 de julho de 2013


Quando se ouve falar de “O Lado Bom da Vida”, logo se pensa nos inúmeros comentários positivos que o livro e o filme receberam. Mas, é para se esperar uma surpresa no meio desse caminho.
No livro, o autor Matthew Quick capricha nos detalhes que fazem Pat Peoples parecer um louco, alguém com muitos problemas mentais. A linguagem simplória, repetitiva e aparentemente  sem nexo algum, fazem o leitor mergulhar em um universo paralelo que se tem muito a descobrir. E é só.
Pat é um personagem complexo que acaba de sair de um lugar especial para doentes mentais e que tenta, pouco a pouco, voltar a vida normal ao lado de sua esposa Nikki. Porém, os problemas vão muito além do que ele acredita. Com a ajuda do psiquiatra, remédios e de seus familiares, ele se mantém equilibrado, mas ainda apresenta seus quadros de aflição. Tudo vai culminando para um final surpreendente e o leitor fica ávido por descobrir os mistérios da mente de Pat ou ainda “o que foi que aconteceu?”
Porém, diz o ditado que a curiosidade matou o gato, e neste caso, matou de cansaço. São capítulos curtos, chatos e monótonos que não levam a lugar algum, nem acrescentam nada ao enredo – diria que 80% do livro poderia ser jogado fora ou reescrito. Jogos dos Eagles, gritos de guerra, corridas com Tiffany, malhação todas as manhãs, pai ausente e mau humorado e consultas ao psiquiatra. No começo é compreensível, afinal precisamos viver o dia a dia do personagem, mas depois...
Monotonia, sono, desinteresse. Palavras que resumem “O Lado Bom da Vida”, que de bom não teve nada. Nem mesmo as pouquíssimas cenas mais agitadas dão alguma emoção ou fazem o leitor acordar. Pelo título, julguei ser um livro com conteúdo renovador, sobre superar barreiras daquelas que ninguém pode dizer a você aonde você deve chegar. Talvez, este seja o propósito dada a teimosia e persistência do personagem, mas falhou. E falhou feio.

E o tombo foi tão grande que veio a decepção por ter lido, por ter esperado mais e ter visto o menos. Afinal, o que foi aquele  fim? Nem o próprio Pat sabe. Porque tanta enrolação, tantos desmanches, tantas palavras repetidas incansavelmente? Parecia até que Quick não sabia o que escrever. Um livro que começou sem nexo e terminou meia boca, cheio de fios soltos e onde tudo não faz sentido algum. O lado bom da história? Ela não foi pior do que A Cabana

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